Muita polêmica e pouca audiência
"O Atlético Paranaense não passa de uma nuvem passageira". Há um mês o comentarista do Programa Terceiro Tempo, da Rede Record, Paulo Roberto Martins, fez essa afirmação. Foi o que bastou para a torcida Rubro-negra se revoltar através de e-mails e faxes para a emissora paulista. No domingo seguinte, o apresentador Milton Neves disse que Curitiba e o Paraná estavam revoltados com a citação. "Morsa", como é conhecido no mundo jornalístico, fez questão de ressaltar que a boa fase do Atlético ainda era temporária.
No site Furacao.com diversos internautas pediram a retratação do comentarista. Até uma charge eletrônica, criada pelo colaborador Luciano Fanchin, foi ao ar. No entanto, o que mais repercutiu foi o texto do colunista Ricardo Campelo. Ele analisou o Programa Terceiro Tempo e concluiu que antipatia de Morsa é uma tática de audiência. A coluna foi publicada, na íntegra, no site oficial de Milton Neves.
"A discórdia dá ‘IBOPE’. Nos reality shows, por exemplo, quanto maior o barraco, maior a audiência. No programa de variedades ‘Pânico’, da Rádio Jovem Pan FM, a produção chegou a efetivar uma ouvinte cuja única função é alfinetar os convidados com colocações ou perguntas constrangedoras, por mais descabidas que sejam – e aí chovem ouvintes telefonando para reclamar da moça, ou seja, estão coladinhos no rádio prestando atenção nos desaforos e mantendo a alta audiência da emissora. ‘Falem mal mas falem de mim’, o ditado nunca foi tão válido," escreveu Campelo.
Só que a artimanha utilizada na Rede Record não vem surtindo grandes efeitos na audiência do programa. A Furacao.com teve acesso aos números do IBOPE de domingo, dia 26 de setembro. Confira no quadro abaixo, os dados para a cidade de Curitiba.
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Durante a briga pela audiência, o Programa Camisa 12, da Rede Paranaense de Comunicação, liderava com ampla vantagem. Enquanto Milton Neves fazia o seu merchandising, a torcida do Atlético acompanhava o vt da vitória contra o Flamengo na RPC, e via Dagoberto sendo estrevistado por Gil Rocha e Jason Goulart, valorizando um "produto feito em casa".
Mais polêmica
Juliano Ribas, outro colunista da Furacao.com, também fez questão de dar a opinião sobre o assunto. Juliano teve a paciência de assistir ao programa do último domingo e fez o seguinte comentário: "Em nada me engrandeceu. E, principalmente, em nada engrandece ao Atlético. Eu assisti aos seus inúmeros ‘reclames’, que vendem de tudo, de motocicleta a barbeador, de remédio a bebida alcoólica. Invariavelmente, usando o nome dos clubes, e, é claro, sem pagar um tostão para isso. Exemplo: ‘Olha aí a motocicleta do torcedor número um do Clube Atlético Paranaense, Paulo Morsa!’, dizia Milton Neves, enquanto fazia o seu jabá."
Juliano termina o texto afirmando que o boicote é a melhor solução para acabar com essas atitudes do apresentador e do comentarista. Mas se levarmos em consideração os números do IBOPE em Curitiba, Milton Neves e seus amigos vão ter que mudar a estratégia novamente para conseguir repercussão nas conversas da Boca Maldita ou nos Restaurantes de Santa Felicidade.
Até Levir entrou na briga
No último domingo o apresentador Milton Neves mostrou a camisa do Juventude, próximo adversário do Atlético, e afirmou que o alviverde de Caxias do Sul seria uma presa fácil para o Furacão. Infelizmente, há uma banda podre na mídia. Acompanhei alguns programas de televisão no domingo à noite e fiquei perplexo ao escutar que nós estamos sendo beneficiados pelas arbitragens. Um absurdo. Além disso, chegaram a dizer que o Juventude já havia perdido o jogo. Veja o clima que criaram para a partida de quinta-feira, disse Levir ao jornal Gazeta do Povo, sem citar nomes.
Assim como 2001, o Atlético tem que continuar trabalhando com um único propósito: o de ganhar o título brasileiro. Depois disso, todos irão afirmar que a "nuvem passageira", já virou um Furacão.