17 out 2004 - 21h23

Análise do jogo Atlético 1 x 1 Paraná Clube

O colunista Erick Raifur comenta como foi o clássico da tarde deste domingo, na Arena da Baixada:

Análise de Atlético 1 x 1 Paraná
por Erick Raifur

Não gostei do futebol apresentado pelo Atlético neste domingo. Parece que a folga dada aos jogadores teve o efeito contrário. Os gritos pedindo “raça” aos jogadores eram justificados, pois o que se via em campo era uma equipe dotada de jogadores habilidosos e de grande talento, porém querendo enfeitar as jogadas, e outra com jogadores limitados, mas que corriam como se fosse o último dia de suas vidas.

Por este ângulo de análise, mesmo se considerado que foi no apagar das velas, acabou por ser um resultado justo. O Atlético jogou 5 minutos e fez um gol, o Paraná correu e batalhou por 85 e fez também.

De se lamentar, muito, a contusão séria do Dagoberto. Pelas primeiras observações, não joga mais nesse ano. Triste, muito triste. O Campeonato Brasileiro perde um pouco de seu brilho. Denis Marques parece ser um bom jogador, e talvez venha até a suprir a ausência do nosso craque, com razoável desenvoltura. O problema é quando um dos nossos atacantes tiver que cumprir suspensão, ou alguma contusão.

Mas, apesar de tudo, extraio ao menos duas coisas positivas desse jogo: uma foi a conscientização da esmagadora maioria da torcida, que parece ter entendido a importância de não jogar objetos no gramado.

Uma cena lamentável: no gol do Paraná, os jogadores comemoraram provocando a torcida atleticana bem em frente às câmeras da Globo. Parecia que tinham feito o gol do título mundial. Batiam na peito e faziam caras e bocas, como se falassem: Jogue copos em mim! Joguem copos em mim! Não tenho dúvidas que foram instruídos para que fizessem isso. Sorte que ninguém jogou nada.

E outra foi o fato de que, com esse empate, os jogadores terão que parar pra conversar e botar as coisas nos eixos. Dois empates seguidos em jogos que estavam ganhos, é porque tem alguma coisa errada. Tem jogador que não está dando o sangue como antigamente, e outros que precisam urgentemente parar de enfeitar jogadas e dar bico pra frente quando necessário.

Erick Raifur é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.

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