Sorte que eles são ruins demais
A torcida atleticana, mais uma vez, fez a sua parte. Compareceu em bom número na Arena da Baixada e fez uma bonita festa do lado de fora do campo. Os torcedores puderam ver Fernandinho atuando pelo meio novamente, mas o esquema de Levir acabou não surtindo muito efeito. Desde o início de jogo o Paraná Clube foi superior e o rubro-negro esteve apático durante boa parte dos 90 minutos.
Torcida fez a sua parte e lotou a Arena
Prova disso foi que logo aos 2 minutos o time da Vila Capanema partiu com tudo para cima do gol de Diego e só não abriu o marcador porque a zaga atleticana conseguiu tirar em cima da hora após o cruzamento de Canindé pela esquerda.
Além disso, o domínio da posse de bola foi praticamente todo do Paraná, que conseguia tocar com muita facilidade e envolvia os jogadores atleticanos. Com toda essa moleza, aos 20 minutos o tricolor chegou com três atacantes contra apenas um defensor rubro-negro. No entanto, mesmo de frente para Diego o paranista Cristian bateu para fora.
O lance assustou o Atlético, que logo em seguida conseguiu dar o troco. Dagoberto fez boa tabela com Ivan pela esquerda e da entrada da área acabou batendo fraco, sem nenhuma dificuldade para o goleiro Flávio. A torcida atleticana tentou incentivar a equipe com vários gritos, mas os jogadores não corresponderam. Com muita facilidade o Paraná avançava pela esquerda e desta vez foi Edinho quem desperdiçou outra ótima oportunidade.
Apesar do total domínio do adversário, o Atlético ainda teve dois lances claros de gol. Uma com Washington e outra com Dênis Marques – que entrou no lugar de Dagoberto, machucado. No chute de Washington, Flávio conseguiu salvar com os pés. Já Dênis apenas recuou para o goleiro.
Vitória escapa no final
A segunda etapa não foi muito diferente da primeira, o Paraná continuou marcando muito bem e mantendo a posse de bola, enquanto o Atlético dependia de jogadas individuais. Dênis Marques foi um dos que mais criou para o rubro-negro, mas não conseguia chegar com perigo ou até mesmo tocar para Washington.
Quem realmente sofreu foi o torcedor atleticano. Há muito tempo a equipe não jogava tão mal na Arena da Baixada. Ao mesmo tempo tinha de ver um dos lanternas do campeonato dominar o jogo e perder inúmeras chances de gol.
Mas, aos 12 minutos o Furacão conseguiu abrir o placar. Jadson tocou na esquerda para Denis Marques invadir a área e chutar cruzado. A bola bateu na trave, no entanto Jadson chegou com tudo e tocou para o fundo da rede. Com a vantagem, finalmente a galera atleticana pôde respirar em paz.
Porém, a sensação de alívio não durou por muito tempo. A equipe continuou apresentando um futebol fraco e a pressão do Paraná era constante. A partida lembrou um pouco o jogo anterior, contra o Juventude, no qual o sufoco do adversário amedrontou os jogadores rubro-negros.
Mesmo assim, o Atlético teve condições para chegar ao segundo gol. Nas duas o auxiliar de Paulo César de Oliveira prejudicou o rubro-negro. Na primeira ele anotou impedimento de Fernandinho e na segunda de Denis Marques. Ambas deixaram os atleticanos na frente do goleiro Flávio, o que fatalmente resultaria em gol.
De tanto pressionar, o Paraná Clube finalmente conseguiu marcar o seu gol. Aos 45 minutos Messias chutou de longe e fez a festa dos tricolores. A bola ainda desviou em Bruno Lança, enganando Diego, antes de entrar. Logo em seguida o árbitro apitou e encerrou o clássico, que teve sabor de derrota para o Furacão.
Agora, o Atlético tem apenas um ponto de vantagem sobre o Santos. Na próxima rodada os dois têm jogos bastante difíceis. O rubro-negro pega o Palmeiras, no Parque Antártica, e o peixe enfrenta o São Paulo, no Morumbi.
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