Furacão inicia trajetória goiana
Capital do Estado, cidade organizada, preocupação com urbanismo e qualidade de vida conquistada graças ao respeito ao meio-ambiente e dezenas de praças floridas. Lembra algo? Pois não é a descrição de Curitiba e sim da cidade onde o Atlético passará seus próximos dias e disputará dois jogos do Campeonato Brasileiro.
Durante uma semana, Goiânia será a terra do Clube Atlético Paranaense. Pode parecer estranho, mas uma série de coincidências fez o Furacão se deslocar mais de mil quilômetros. Com a punição de perda de dois mandos de campo imposta pelo STJD, o Atlético foi obrigado a designar um estádio localizado em cidade distante a pelo menos 150 km de Curitiba (clique aqui para saber mais).
A escolha recaiu sobre o Estádio Serra Dourada por uma questão logística. Avaliou-se que não valeria a pena suportar o desgaste de uma viagem para jogar em uma cidade que não levaria muita torcida, como Londrina, por exemplo, que no ano passado recebeu um jogo do Atlético cujo público pagante foi inferior a 3 mil pessoas.
A fase goiana do Atlético começará nesta terça-feira à noite, no jogo contra "outro" time local, o Goiás. Motivado pelo fato de ter sofrido uma goleada estrondosa do Furacão no primeiro turno (6 a 0), o Goiás também entrará em campo disposto a manter viva a esperança de conquistar uma vaga para a Libertadores 2005.
Para isso, o técnico Celso Roth terá de driblar alguns problemas disciplinares. Alex Dias, vice-artilheiro do campeonato, foi afastado do elenco por ter fugido da concentração em Belém, onde o time enfrentou o Paysandu no sábado passado. Assim, as principais esperanças para o jogo serão os meias Paulo Baier (que começará na lateral-direita) e Rodrigo Tabata, habilidosos e capazes de toques rápidos e envolventes.
Do outro lado, o Atlético de Levir Culpi tentará aproveitar a injeção de ânimo causada pela derrota do vice-líder Santos para o São Paulo. Isso garantiu a manutenção da liderança mesmo com a quebra da série invicta de 18 jogos, maior marca da história do Atlético em Campeonatos Brasileiros.
Além disso, todos acreditam que a pior fase da crise já tenha passado. A punição do STJD, que pode ter sido um dos fatores de desânimo, já foi melhor assimilada e agora o discurso é de "bola pra frente". O time está quase completo. Só não jogarão Rogério Corrêa (curiosamente, o único goiano do elenco) e Pingo, este suspenso e aquele ainda machucado. Em compensação, Ivan deverá voltar a vestir a camisa 6.
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