As respostas. O momento…
É obvio que encontrar respostas para os insucessos é muito mais fácil do que procurar defeitos após os triunfos.
A vitória esconde a deficiência. Vivemos a era dos “resultados”.
Todo Atleticano vivente está, nesse momento, procurando a resposta para explicar a queda no desempenho do time.
Uso a palavra “rendimento” porque “qualidade” me pareceu inadequada. É bem possível que a qualidade do time invicto por 18 partidas seja exatamente a mesma daquele que não ganha faz quatro rodadas, mas o “resultado” prejudicou e prejudica a análise fria.
Antes de continuar reflitam com cuidado!!! Isso vale tanto para época em que estávamos arrasando, como para a situaçao atual.
Afinal, qual a minha opinião “de momento”?
1.Discurso do Levir:
Após uma interrupção de 10 dias, dormindo sob os louros, houve uma certa desmobilização. É normal que um discurso se desgaste, principalmente quando foi usado à exaustão. Faltou técnica ao técnico-psicológo para não deixar a maionese passar do ponto.
2. Estrelismo:
Alguns jogadores ficaram muito expostos e acho que no caso do Washington isso não foi bom para o grupo. Entrevistas, matérias especiais e holofotes levaram o nosso “coração valente” a se transformar em “língua descontrolada”. Quando alguém que está brilhando em relação aos demais reclama publicamente dos companheiros, é praticamente inevitável a desunião do grupo. Não há discurso ou psicólogo que resolva.
3. Desgaste físico:
Não vi os jogos, mas as informações que chegam são de que alguns jogadores caíram muito fisicamente. Fabiano e (talvez) Jadson, são exemplos.
4. Efeito Dagoberto:
Não acredito na sua existência. Ele faz falta sim, mas tivemos boas partidas sem ele.
5. Efeito vitrine:
Neste sim eu acredito. Não estávamos preparados prá levar as pauladas extra-campo das quais aqueles que estão na ponta normalmente são vítimas.
6. Efeito derrota:
Os especialistas e estudiosos da neurolinguística teriam um ataque de nervos ao assistirem o que aconteceu entre grupo e torcida do Atlético depois que chegamos à liderança. O cérebro e cada um de nós foi infestado por pensamentos que na intenção de muitos, tinham o objetivo de “preparar para a derrota inevitável”. Foi um festival de opiniões públicas de torcedores e jogadores “preparando” para o insucesso. Nos desconcentramos da vitória..
7. Last, but not least:
A falta de comando. Na minha opinião a grande responsável por todas as coisas ruins que acontecem no Atlético desde 2002. O presidente de plantão não é uma pessoa que transmita ao grupo a confiança necessária. Não tem poder nenhum e todo mundo sabe não é ele quem decide. A única vez em que desceu dos tamancos foi responsável direto por uma das maiores crises da história do Atlético.
Aquele que realmente manda, assumiu uma condição muito cômoda. Como não tem a obrigação formal de tomar e responder pelo comando, só faz isso quando lhe é conveniente.
Com isso, o grupo fica orfão e a partir daí as referências se confundem e mudam a cada resultado.
Bom ou mau.