27 out 2004 - 0h05

Opinião de Juliano Ribas

Juliano Ribas, colunista da Furacao.com, escreve, com muitos "chavões", sobre as dificuldades do Atlético na seqüencia do Campeonato Brasileiro.

Chavões
por Juliano Ribas

Uma vitória. É o que precisa o Atlético para colocar ordem na casa e ganhar confiança. Mas ô vitóriazinha difícil de sair. Depois de hoje, fiquei com a toalha na mão, pronto para atirá-la longe ou em um canto qualquer. Fiquei um bastante cabisbaixo com o revés de hoje. Só que, mais uma vez, foi por alguns minutos. A confiança já não é a mesma, mas vou usar um chavão: "a esperança é a última que morre". Explico o uso do chavão com outro: "o futebol é imprevisível". E por isso, enquanto hover forças, não há porque desistir da luta. "Perdemos a batalha, mas não perdemos a guerra". Olha aí mais um.

Nós perdemos dois jogos em seqüência, não ganhamos há quatro, mas, no final da rodada, na pior das hipóteses, estaremos em segundo no final da rodada. Nenhum dos times atrás de nós me mete medo e, ganhando um jogo, certamente recuperaremos a confiança. Mas essa vitória tem que vir. E rápido. Para que o elenco, amputado de Dagoberto, consiga acreditar que tudo pode dar certo, dando o "algo mais" (outra expressão chavão) em prol do Furacão para superar a ida de Dago ao estaleiro. Meu Deus, como ele faz falta! A jogada infernal dele com Ivan não há mais e Jadson está meio órfão.

Jogando juntos há muito tempo, Alan, Jadson, Fernandinho e Dago são como irmãos. Um deles saindo da peleja da forma que saiu, abala a turma. Por isso, acho que uma vitória pode dar o moral necesário para que todos, principalmente estes que citei, joguem o que sabem, por Dago, por vontade de se superar, por gana de ser campeão. Agora, é tudo ou nada e, meus amigos, não é da minha índole me contentar com o nada ou o quase nada. E, não acredito, sinceramente, que este grupo chegou até aqui para nada. Agora, para nós torcedores, não há mais nada a fazer, senão ir, rodada a rodada, para onde o destino nos mandar. Não sou supersticioso, mas agora só conto com a sorte. A sorte de campeão que já falamos aqui neste espaço.

Agora embolou mais ainda e outros times que já haviam praticamente desistido da luta, estão no páreo. Usando mais um chavão, "quem tiver mais garrafa pra vender" nesse "sprint" final, será o campeão. E eu acho que se abrirmos a dispensa, vamos encontrar muita garrafa, mas só não estamos sabendo como vendê-las. Mas vamos achar o caminho. No próximo jogo, contra o Inter, em terreno neutro, poderemos conseguir o triunfo. Aliás, ficar por lá vai ser uma boa, pois tudo o que a equipe não precisa é de pressão, desgaste e cobrança passional exacerbada. Que, neste período de isolamento do resto da massa, encontremos aquilo que perdemos. Que no silêncio de uma terra estranha e na solitude que quartos de hotel, o grupo tire forças sei lá de onde para alcançar a recuperação. Forças que só se alcança com um bom mergulho interior, com boas reuniões cheias de sinceridade e companheirismo, onde o reconhecimento dos erros chegue com ao encontro da humildade e o abandono do medo. E que, a qualidade total, volte a ser a marca dessa rapaziada. Goiânia é a capital do Paraná até o final de semana.

Chega de chavões por hoje. Que as vitórias, sim, voltem a ser o chavão que tanto nos alegra. Que se repitam seguidamente. Pois "tudo aquilo em que acreditamos, nós podemos conquistar". Desculpem, mas não resisti a mais uma frase feita. Que o futebol do Atlético volte a ser imprevisível, e não cheio de chavões como este singelo texto.

Os urubus velhacos estão rindo com sua suposta vitória nos bastidores, na calada da noite, na surdina sórdida, nos campos minados de uma guerra suja declarada ao Clube Atlético dos Paranaenses. Mas, nós Atleticanos, não desistimos nunca e ainda somos fortes suficientes para acreditar. "Quem ri por último, ri melhor" (ops, mais um).

Saudações Rubro-negras a todos que (ainda) acreditam no bi.

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