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30 out 2004 - 16h47

Uma só meta: chegar!

E depois de mais um resultado desastroso, diante do Goiás, pus-me a pensar nas razões que poderiam existir para um decréscimo tão grande assim do rendimento da equipe, que inegavelmente teria conseguido ficar por dezoito rodadas na condição de invencibilidade. São tantas as possibilidades! Em primeiro lugar, as mudanças arquitetadas pelo Levir, tirando o Fernandinho da ala-direita e colocando-o na meia-direita, já à partir do jogo diante do medíocre Paraná Clube.

Por que inventar? Não tava dando certo do jeito que vinha jogando? Logo contra o Paraná, que não joga nada contra quem quer que seja, mas quando vai jogar contra o Atlético parece que ta jogando final de copa do mundo. Apenas contra o Atlético; então por que dar sorte para o azar? Mudou e não deu resultado. Pior, na partida seguinte, contra o Palmeiras acuado pela sua torcida, precisando mostrar serviço, utilizou novamente o mesmo esquema furado. Por que? Para justificar a ausência do Dagoberto? Não faz sentido.

O Dagoberto era uma peça impressindível dentro do esquema, porém, na sua ausência, o Denis Marques poderia ser instruído para fazer o mesmo. Simples, não. Duas engrossadas e vem um jogo contra o imprevisível Goiás. Pior ainda, na casa do adversário. E pior ainda, mordido por ter sido goleado no primeiro turno por 6 X 0 na baixada. Aí, insistir no erro foi a gota d’água. Afinal de contas, agora , quando estamos na “última-curva” para chegar à reta de chegada o Levir vai querer inventar? Não dá para acreditar. É hora de por a cabeça no travesseiro e raciocinar: onde foi que erramos? Então temos ainda oito chances de corrigir! Mas, note bem: são oito chances e nada mais!

Se não corrigir e não cobrar desempenho dos atletas, não se chega à lugar nenhum. Porque os atletas também tem a sua culpa: se vinham jogando assim e dava certo, então por que mudar? Vamos continuar fazendo as jogadas que vinham dando certo! Basta raciocinar! Já foi o tempo em que o jogador era quase que “obrigado” a seguir as instruções do técnico. Hoje em dia, se o jogador não tiver um mínimo de criatividade para inventar alguma coisa nova, de vez em quando, passa a ser apenas mais um jogadorzinho como tantos que tem por aí. Mas, não é esse o nosso caso!

Temos jogadores acostumados à convocações de seleções-brasileiras. Fernandinho, Jadson, Dagoberto, Washington, Ivan, um goleiro experiente: Diego. Então é colocar a mão na massa e fazer aquela torta que a torcida está esperando. Seria hora dos atletas se espelharem na recente estória do maratonista Wanderley Cordeiro de Lima, que mesmo atrapalhado por um maluco, se superou à poucos quilômetros da fita de chegada e mostrou que não tinha ido até lá para brincar! Sigam o seu exemplo!



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