Segundona atleticana
Se depender apenas da presença de ex-atleticanos no plantel, Bahia e Avaí terão a torcida dos atleticanos para vencerem o quadrangular final da Série B, que começará na próxima semana. Ao lado de Brasiliense e Fortaleza, esses clubes lutarão pelas duas vagas de acesso à primeira divisão de 2005.
Dos quatro, apenas dois terão motivos para comemorar. Aos outros, restará lamentar, descobrir quais foram os erros cometios e levantar a cabeça para passar novamente pelo calvário da Segundona. Os quatro finalistas contam com ex-jogadores do Atlético. Alguns de passagem obscura, outros que figuram na galeria dos ídolos do Furacão. Alguns que deixaram saudades, outros que não são sequer lembrados pela maioria dos torcedores.
Por qualquer dos critérios, o Bahia é o time mais atleticano da fase final da Série B. A lista começa no banco de reservas do Tricolor de Aço. Quem dá as ordens por lá é o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, que treinou o Atlético no primeiro turno do Brasileirão do ano passado. Vadão também esteve no Atlético em 99, quando conquistou a Seletiva e dirigiu o Furacão em sua primeira participação na Libertadores, em 2000.
Compondo a comissão técnica ao seu lado há dois profissionais que também passaram pelo CT do Caju: o auxiliar-técnico Gersinho e o preparador físico Riva de Carli, este com inegáveis serviços prestados ao Rubro-negro. Campeão brasileiro em 2001 como preparador físico, Riva também conquistou título como técnico do clube (Campeonato Paranaense de 2002).
Em campo, eles comandam quatro jogadores que já vestiram a camisa atleticana: o zagueiro Reginaldo, o meia Rodriguinho e os atacantes Renna e Selmir. Destes, apenas o primeiro não tem mais vínculo oficial com o clube. Porém, é disparado o que tem maior identificação com o Atlético, figurando na lista de ídolos da torcida. Reginaldo Cachorrão, Rodriguinho e Selmir são titulares do Bahia e os dois primeiros vêm tendo atuações destacadas.
Mais atleticanos
O Avaí está empatado com o Bahia em quantidade de ex-jogadores do Atlético. Também são quatro com passagem pela Baixada: o lateral-direita Luisinho Netto, o volante Juliano, o meia Paulista e o atacante Silvinho. Desses, Luisinho teve a atuação mais destacada no Atlético e entrou para a história do clube ao marcar o primeiro gol atleticano em Libertadores.
Juliano começou sua carreira nas categorias de base do clube, mas jogou apenas alguns jogos no Brasileirão do ano passado. Paulista e Silvinho tiveram passagens mais obscuras. O primeiro foi contratado do Matsubara e jogou algumas vezes como lateral, em 98. No ano anterior, Silvinho teve uma passagem relâmpago, chegando ao clube depois de ter feito sucesso na Matonense.
O time catarinense ainda conta com o goleiro reserva Gilberto, que jogou nos juniores do Atlético, mas nunca teve uma chance no profissional e com o técnico Roberto Cavalo, que foi ídolo do Furacão quando jogador, mas não exerceu a função de treinador no clube.
Completam a lista de ex-atleticanos na fase final da Série B o volante Erandir, do Fortaleza, e o lateral-direita Rogério Souza e o meia Fabrício, do Brasiliense. Erandir jogou no Atlético em 2001 como zagueiro, contratado por indicação de Mário Sérgio. Naquele ano, foi campeão brasileiro mesmo na reserva, a mesma condição do lateral Rogério Souza. Fabrício chegou ao CT do Caju em 2002, mas nunca emplacou. Neste ano, ele chegou a jogar o primeiro jogo do Atlético no Brasileirão, contra o São Paulo.
Furacão na Segundona
Há muito tempo o Atlético não sabe o que é disputar a Série B. Apesar disso, a relação do clube com a Segundona não é tão remota. O Furacão conseguiu acesso à Série A por duas vezes: foi vice em 90 e campeão em 95.