Faltam seis
A segunda-feira, dia de discutir a rodada passada e projetar o cenário das próximas, está sendo um dia de nostalgia. Inevitavelmente me lembro de 2001. Se não me engano, quando faltavam seis rodadas para terminar o campeonato, naquela ocasião, éramos vice-líderes e já estávamos classificados para as finais.
Lembro da angústia, lembro da contagem regressiva, lembro da coxarada jogando praga. Lembro da disputa, jogo a jogo, pelo até então inédito título. Chego a sentir a emoção de quando, depois, já estávamos encarando tricolores pela vaga na final. Me arrepio de lembrar do truncado jogo contra o São Paulo, do emocionante embate contra o “freguês” das Laranjeiras. E a final… no primeiro jogo a explosão do Caldeirão. No segundo, a aparente incredulidade do meu velho quando fizemos o gol e ele, em vez de comemorar, foi para a janela “tomar um ar”.
Isso é emoção pura. E é isso que me acomete agora. Somos líderes, só dependemos de nós. O peixe está se afogando, o “resto do bando” correndo atrás. Chegou a hora da contagem regressiva. Vamos lembrar, vamos resgatar o espírito da primeira vez, que justamente por ser a primeira estava cercada de um sentimento extremo.
Nosso destino são as estrelas, irmãos! As duas douradas que vão cair, juntas, como uma luva no Manto Sagrado. “Faltam seis”, amigos. E desta vez vai ser sem susto, sem angústia, sem “falta de ar”, mas com a mesma emoção. Hoje somos grandes e estamos a poucos dias de mostrar ao Brasil, mais uma vez (esta vai ser a nossa rotina nos próximos 80 anos), a força do Furacão Destruidor da Baixada.