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O editor da Furacao.com Marçal Justen Neto faz um breve comentário sobre a visão distorcida da imprensa de fora e desmente a falácia de que o Atlético não tem elenco. Confira:

Engraçado
por Marçal Justen Neto

A imprensa paulista é mesmo muito engraçada. Durante este Brasileiro, virou chavão dizer o seguinte: a grande diferença entre Santos e Atlético é o elenco. Segundo eles, os times titulares são equivalentes, mas o Atlético não tem banco. Quando o Dagoberto se machucou, então, essa observação foi repetida à exaustão.

Alguns chegaram a arriscar que o Atlético estava fora da disputa, pois supostamente não teria um bom reserva para substituir Dagoberto. Mas eu pergunto: qual time brasileiro teria um reserva do nível de Dagoberto?

A falácia da mídia paulista caiu por terra quando o Santos perdeu Robinho. Frase de José Geraldo Couto na Folha de S.Paulo desta segunda-feira: "O Santos sem Robinho é um ótimo time, mas sem inspiração." Aí está. Cadê aquele pessoal para dizer agora que o Santos não tem reservas do mesmo nível dos titulares? Então por que raios o elenco do Santos é considerado melhor? O fato é o seguinte: o Atlético jogou 40 rodadas. Pouquíssimas vezes contou com todos os seus titulares. Venceu muitos jogos (e jogando bem, diga-se) com jogadores reservas.

Durante a transmissão do jogo contra o Fluminense, o comentarista do Premiere – que é carioca, frise-se – deu um show de desinformação e visão distorcida de futebol. Afirmou que, de fato, estava comprovado que o problema do Atlético era a ausência de um elenco forte e que o zagueiro reserva (Alessandro Lopes) era muito ruim. Que essa era a grande diferença entre o Atlético e os demais que estão disputando o título.

Ora, que time do Brasil tem jogadores suficientes para substituir três zagueiros titulares? Sem Marinho, Marcão e Rogério Corrêa, realmente fica difícil encontrar outros três zagueiros de nível bom. Agora, tirem três zagueiros do Santos, do São Paulo e do Palmeiras, e eu quero ver o que sobra…

Marçal Justen Neto é editor da Furacao.com.

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