Análise do jogo Atlético 6 x 1 Criciúma
O colunista Rogério Andrade analisou o jogo Atlético 6 x 1 Criciúma:
Uma volta triunfal
por Rogério AndradeMelhor que isso, impossível! O Atlético voltou para casa e mostrou porque é o candidato mais forte ao título deste ano. Nervoso no início do jogo, o time novamente errava muitos passes e não encontrava o caminho do gol, mas era uma questão de tempo. A cabeçada certeira de Fernandinho abriu a porteira para uma grande goleada.
Com a torcida incentivando e fazendo uma bela festa, após o primeiro gol o furacão impôs sua enorme superioridade. Marinho prova mais uma vez a necessidade de se ter uma zaga equilibrada e forte. Marcão continua sendo um grande lutador, chamou o jogo, deu a devida cobertura à zaga e ainda jogou como uma espécie de "anjo da guarda" de Ronildo, que por sua vez não desempenhou um futebol de primeira, mas foi peça importante no esquema de Levir. Fernandinho continua sendo a maior referência do Atlético, caíndo pela direita e sempre levando muito perigo ao gol adversário, embora seu posicionamento no meio seja uma grande arma da equipe nesta reta final. Como merecimento, Alan Bahia deixou sua marca, coroando sua exibição, assim com Dênis Marques, que já merecia também um gol pelo futebol que vem apresentando. Fabiano deu consistência ao time, brigou, defendeu e atacou nos momentos certos. Jadson fez as pazes com a bola e com alguns passes errados no início da partida, parece que ele mesmo se irritou e passou a não errar mais. Foi elemento importantíssimo na criação de jogadas, com coerência, categoria e visão de jogo, foi realmente o cérebro do time. Washington, brilhante por saber fazer com precisão o que o povo gosta. Seu segundo gol, em tabela com Jadson, foi uma mostra de que o Furacão reencontrou o entrosamento e a confiança. Das três substituições, destaque para Morais que já merecia um espaço na equipe e soube aproveitar com paciência. Estava no lugar certo, na hora certa, gol do Atlético!
Diego e Rogério
Estes merecem destaque. Gigantes e guerreiros, encheram o torcedor atleticano de orgulho e arrancaram aplausos merecidos. Rogério Corrêa foi simplesmente perfeito. Com uma enorme autoridade, mandou na zaga do Atlético, esbravejou nos momentos certos, comandou os dois lados do campo e orientou com precisão seus companheiros. Fez uma apresentação de gala e encantou aos presentes no Joaquim Américo. Já Diego jogou o que sabe, embalado aos gritos da torcida, mostrou segurança, ousadia, coragem e disposição. Seu futebol é este mesmo, não é novidade, mas fiz questão de deixá-lo em destaque como forma de resposta a tantos que criticaram o nosso goleiro, hoje em grande fase, mostrando porque é um dos melhores goleiros do Brasil.
A cinco passos do paraíso
A cada jogo um novo coração. O torcedor atleticano está preparando seus batimentos cardíacos para dar mais cinco passos ao encontro da segunda estrela. Cada jogo será de extrema importância, não importa que seja fora ou dentro de casa. Ninguém melhor do que o professor Levir Culpi para definir este momento, como em sua entrevista coletiva após a partida: "Vamos pensar no próximo jogo e não podemos olhar pra trás".
** Em tempo: Dois jogos sem William em campo, dois jogos em paz com a vitória. Coincidência ou não?
Rogério Andrade é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.
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