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20 nov 2004 - 16h36

O fim dos coxas

Profissionalmente convivo em um ambiente muito competitivo. Conheci gente brilhante e gente medíocre, a maioria competidores. A principal diferença entre o indivíduo brilhante e o medíocre é que o primeiro ganha porque é melhor e o último quando ganha, na maior parte das vezes é pelo mérito de fazer os outros perderem.

Quando alguém se sobressai num ambiente medíocre, é alvo de todo tipo de agressão.

Imaginem um engradado cheio de garrafas. Se todas estão vazias e do mesmo tamanho, ninguém nota a insignificância de cada uma delas, porém se apenas uma está cheia de refrigerante, logo chama a atenção para sí e provoca também a percepção de que todas as outras não servem prá nada.

Assim é o futebol do Paraná.

Muitos falam do glorioso coxa do final dos anos 60, começo dos anos 70, só que uma análise um pouco mais profunda do panorama daquela época irá mostrar outra realidade.

Naquele tempo o Clube Atlético Ferroviário dominava o futebol paranaense, sendo inclusive o primeiro clube do Estado a participar do “Robertão”, campeonato brasileiro da época. Atlético e xoxa eram meros figurantes.

No ano de 67 o Atlético, presidido por Mota Ribeiro, fez uma campanha muito ruim no campeonato regional, chegando a ser rebaixado para a segunda divisão. Quando tudo já parecia perdido, aparece Joffre Cabral e Silva, que com uma energia e uma ousadia tremenda, conseguiu uma virada de mesa para manter o Atlético na divisão especial. A partir daí, Joffre investiu pesado e promoveu um jogo amistoso entre o Atlético e a Seleção da Rumania, no Durival de Brito. Para este jogo, Joffre convidou para vestir a camisa do Atlético jogadores de nome como Belini, Djalma Santos, Dorval e Nair. O que poderia ser só um sonho de uma partida, transformou-se em realidade. Joffre conseguiu contratar estes jogadores para reforçar o Atlético no campeonato regional.

O clima de euforia tomou conta da torcida do Atlético que começou a se manifestar como nunca e isto marcou o início da presença das bandeiras nos estádios, coisa que antes era muito rara.

Provocado pela revolução no rival, os coxas correram atrás do prejuízo e montaram um grande time. Naquela época, com um esquema espetacular de apito amigo, ganharam vários títulos, ainda que o primeiro time paranaense a brilhar no Robertão tenha sido o Atlético (considerando que o Ferroviário na primeira edição daquele campeonato tenha sido um autêntico saco de pancada), que marcou a sua participação com vitórias espetaculares contra equipes praticamente imbátiveis da época, como o Santos.

O coxa vencedor da década de 70 foi um produto do Atlético. Fomos nós que revolucionamos o futebol paranaense. Eles correram atrás, naquela época, com sucesso.

Nos anos 80, apesar do título “mandraque” deles, a primasia foi dividida e a partir do final desta época o Atlético teve amplo domínio. Desde 1995, quando aconteceu a segunda grande revolução no CAP, eles tentam fazer o mesmo que haviam feito no tempo do Joffre, porém agora com dificuldades para manter o (confessado) esquema de arbitragens, não conseguiram nada.

Depois de 10 anos tentando crescer para se equiparar ao Atlético, o xoxa desistiu.

Já sabe que não vai conseguir chegar ao nosso nível e portanto, para não mostrar toda a sua insignificância, resta a eles se preocupar em derrubar o Atlético (a garrafa diferente do engradado).

O símbolo dessa desistência é a pesquisa que dá conta que mais da metade deles quer que o time perca para prejudicar o Atlético.

Sem a menor dúvida, uma derrota (que seria normal) amanha contra o Santos irá selar definitivamente o conceito secular de que o xoxa vive em função do Atlético.

Torcer para o seu time perder quando ainda existe esperança de disputar uma vaga entre os 10 melhores times do País penta campeão do mundo é absolutamente ridículo e mostra a falta de dignidade desta gente.

Não façam comparação com o jogo entre Atlético x Criciúma na antiga Baixada. Naquela partida já estávamos classificados e não disputávamos nada. Aquilo era um treino de luxo.

Amanha eles vão perder do Santos.

Será uma alegria saber que continuaremos respeitados e temidos Brasil afora.

A partir de amanha, o xoxa deixará formalmente de ser um rival digno do Atlético.

O Atlético continuará, como sempre, crescendo sem olhar para trás.

Não consigo imaginar o que acontecerá com eles.



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