21 nov 2004 - 15h13

Missão cumprida: tapa na Macaca

Antes do jogo deste domingo, contra a Ponte Preta, o Atlético tinha apenas duas missões: manter a liderança do Campeonato Brasileiro e proporcionar a Washington a possibilidade de se tornar o maior goleador da história do Brasileirão. Sem se preocupar com o resultado de outras partidas, o time entrou em campo disposto a fazer valer a matemática: para ser campeão, o Furacão depende apenas de si.

Sob esse ângulo, o domingo foi muito bom: o Furacão venceu o jogo por 3 a 2, com dois gols de Washington e conseguiu cumprir sua missão. Com o final da rodada, a vantagem atleticana permaneceu inalterada em relação ao Santos (2 pontos) e ao São Paulo (6 pontos) e aumentou sobre São Caetano (7 pontos) e Palmeiras (7 pontos).

O Atlético entrou disposto a impor seu ritmo e a conquistar um bom resultado. Logo aos 40 segundos, o inspirado Fernandinho fez ótima jogada, invadiu a área e cruzou para Denis Marques, mas a zaga cortou de cabeça. Mesmo atentos para a força ofensiva de Fernandinho, os jogadores da Ponte Preta não conseguiram pará-lo e de seus pés saíram os dois gols atleticanos do primeiro tempo.

Aos 10 minutos, ele lançou Denis Marques na ponta-direita. A bola foi forte, mas o atacante se esforçou e chegou a tempo para cruzar para o centro da área. Washington, livre, só teve o trabalho de esticar a perna para marcar seu 31° gol no Campeonato Brasileiro, uma marca histórica. Foi com a canela esquerda que o atacante atleticano marcou seu primeiro gol no jogo e se igualou a Dimba como o maior artilheiro em uma edição de Brasileiro.

Vinte minutos depois, Fernandinho apareceu novamente com eficiência no ataque. Jadson cobrou falta rapidamente para Marinho, que tocou para Fernandinho na ponta e correu para a área. Ele recebeu a volta de volta e mandou de cabeça para o fundo da rede do goleiro Aranha.

O Furacão dominou completamente a primeira etapa e, salvo raros momentos, não foi ameaçado. As melhores chances da Macaca aconteceram aos 2 minutos, quando Flávio cobrou falta e quase enganou Diego e aos 35, quando Bill recebeu lançamento de Alecsandro na área e foi interceptado por Diego.

Por outro lado, o Atlético teve chances para marcar outros gols. A melhor delas foi também a última jogada da primeira etapa, no 44° minuto. Washington recebeu lançamento no centro do campo, esperou Jadson passar pela esquerda e fez o lançamento. O meia entraria livre na área, mas dominou mal e acabou perdendo o tempo da bola, o que prejudicou sua finalização.

Sufoco, mas vitória garantida

O segundo tempo começou de maneira bem diferente. Com Roger no lugar de Júlio César, a Ponte Preta melhorou muito e passou a fazer frente ao Atlético. Apesar de ter ameaçado já aos 50 segundos em uma boa jogada de Denis Marques e Marcão, o Atlético acabou passando sufoco por mais de trinta minutos.

Aos 5 minutos, Fernandinho foi derrubado por Bill na área, mas o árbitro não marcou pênalti. No lance seguinte, o bom atacante Roger recebeu na ponte-esquerda e chutou cruzado. No rebote de Diego, Alecsandro empurrou para o gol, diminuindo o marcador e colocando pressão no Atlético.

Com a vantagem reduzida, o Rubro-negro passou a ir para o ataque, e a Ponte aproveitou para explorar os contra-ataques, principalmente com Roger, que deu trabalho ao trio de zaga. Aos 17, Diego fez boa defesa em chute perigoso do jovem Roger. O Atlético tentou responder com Denis Marques, mas ele chutou muito forte de fora da área.

O terceiro gol atleticano saiu aos 32 minutos, em cobrança de falta ensaiada. Jadson ajeitou e Washington bateu forte para o gol. A bola ainda tocou na trave esquerda de Aranha antes de entrar no gol. Com isso, Washington chegou a 32 gols e passou a ser o maior artilheiro da história de um Brasileirão, de modo absoluto.

Quatro minutos depois, a Macaca ameaçou novamente em uma cabeçada à queima-roupa de Romeu, que obrigou Diego a fazer ótima defesa. Mas a fragilidade do sistema defensivo atleticano nas bolas aéreas não passou impune. Aos 40 minutos, a Ponte fez linha de toques de cabeça dentro da área atleticana e Alecsandro marcou o segundo, depois de receber toque de Alexandre. Apenas Rogério Corrêa estava na jogada, mas ele sequer saltou.

O jogo, que parecia definido, voltou a ficar emocionante. Preocupado com o resultado, Levir Culpi gastou a última substituição colocando o meia William no lugar de Denis Marques.

No finalzinho do jogo, Washington sofreu falta muito próximo da linha da grande área. Jadson cobrou, mas mandou por cima do travessão. A Ponte ainda tentou atacar, mas cometeu falta no ataque e o jogo acabou. Alívio atleticano e muita comemoração pela conquista de mais uma importante vitória.

42ª rodada – Brasileiro – (21/11/04) – Ponte Preta 2 x 3 Atlético
L: Moisés Lucarelli; H: 16h; A: Carlos Eugênio Simon (RS); CA: Flávio (49′) e Bill (89′); P: 4.372; R: R$ 37.307,00; G: Washington, aos 10, e Marinho, aos 30 do 1°; Alecsandro, aos 6, Washington, aos 32, e Alecsandro, aos 40 do 2°.

PONTE PRETA: Aranha; Ângelo (Danilo 72′), Alexandre, Gustavo e Bill; Marcus Vinícius, Romeu, Ricardo Conceição e Flávio (Vânder 76′); Júlio César (Roger int) e Alecsandro. T: Nenê Santana.

ATLÉTICO: Diego; Fernandinho, Marinho, Rogério Corrêa, Marcão (Igor 83′) e Ivan; Fabiano (Pingo 73′), Alan Bahia e Jadson; Denis Marques (William 85′) e Washington. T: Levir Culpi.



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