23 nov 2004 - 13h49

Para Beting, Atlético não precisa provar nada

O jornalista Mauro Beting, de 38 anos, é comentarista da Rede Bandeirantes e mantém uma coluna diária no jornal Agora, de São Paulo. Além disso, ele também publica seus artigos no site da AOL. Filho do jornalista econômico Joelmir Beting, Mauro é um dos mais estudiosos comentaristas e representa a nova geração do jornalismo esportivo brasileiro.

Em sua mais recente coluna, ele elogiou o Atlético pela bela campanha no Campeonato Brasileiro e disse que o Furacão não precisa provar mais nada para ninguém. Confira um trecho da coluna:

A-tlé-ti-co!!!
por Mauro Beting

No hit-parade de dezembro já dá para apostar que uma das canções mais executadas será a composição de Zinder Lins e Genésio Ramalho, o “Hino do Clube Atlético Paranaense”. Acontece algumas vezes no meio musical: um sucesso antigo volta com tudo às paradas e ao play-list das rádios. No caso, repetindo o dezembro de 2001. Quando a canção de dois ex-atletas do clube paranaense também foi tocada à exaustão.

No futebol, a história se repete como festa. O Atlético tem a faca e a bola nos pés para conquistar pela segunda vez o Brasileirão. Tornar-se o campeão absoluto do novo século. Nada mais exemplar: um clube que começou a pensar o século 21 ainda no 20, em meados da última década. Um clube que resolveu ser maior do que era investindo, gastando, abrindo o portão e o jogo para parceiros, comprando barato e vendendo caro suas revelações, seus jogadores, suas partidas.

O Atlético só não é um exemplo acabado de sucesso porque o campeonato ainda não terminou. E alguns de seus dirigentes ainda precisam ser mais bem testados em outros campos da vida brasileira. Mas, no gramado, o time de Washington não precisa provar mais nada. É o maior favorito ao título. Mesmo sem Dagoberto, o que dá e faz gols.

O favoritismo atleticano é ainda maior pelos revezes santistas: sem Robinho, com importantes titulares machucados, com reservas que não dão conta do recado, o Santos vai ficando pelo caminho já minado pelos seguidos erros de arbitragem. Falhas decisivas que, porém, não foram transferidas automaticamente ao Atlético, que nada tem a ver com isso. Mas que tudo poderá comemorar a partir desses erros fatais.

Chute seco – Os cinco primeiros do BR-04: Atlético Paranaense, Santos, São Paulo (bela vitória sobre o Juventude), Palmeiras (quem manda perder para um dos lanternas?) e São Caetano (perdeu quando não podia). A turma do funil: Grêmio, Guarani, Atlético Mineiro e Paysandu.



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