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28 nov 2004 - 21h35

Lição dolorosa

O que é que é isto, Atlético? Como pode deixar escapar uma vitória de 3 x 0? Como não vencer, quando faltavam 05 minutos para o jogo acabar e estávamos com 02 gols de vantagem? Como deixar de saborear 03 pontos, quando já estávamos nos descontos e vencíamos o jogo? Como perder pontos, quando a bola era nossa e o que bastava era só gastar o tempo? Como depois de tudo isto, ver evaporar uma vitória contra o lanterna (e único matematicamente rebaixado) da competião? Como? Como? Como?

Estas são as perguntas que o torcedor do furacão, ainda líder, está fazendo. Como explicar o inexplicável. infelizmente a resposta não é tão simples. Pode-se dizer, contudo, que deixamos de vencer no Rio Grande porque a defesa se comportou como vem se comportando em todos os jogos do time de Levir Culpi: Muito mal. Enquanto o ataque é fantástico (o segundo melhor do certame), a defesa beira o ridículo e tem tomado gols em todos os jogos desde o dia 02/10/04 (última vez que o furacão não levou gol), contra o Atlético-MG, na arena. De lá para cá foram 09 jogos e 17 gols sofridos. Uma média de quase 02 gols por jogo! Nos 20 jogos deste “segundo turno” a equipe rubronegra só não teve sua meta vazada em apenas 04 ocasiões (todas em Curitiba). Ou seja, foram 16 jogos com o goleiro Diego buscando a pelota nos fundos de nossas redes. 26 gols em 20 jogos. 1,3 gols por jogo. No primeiro turno, apesar de termos sofrido 02 goleadas, a média era menor. Afinal foram 26 gols em 23 jogos (1,15 gols). 52 gols em 43 jogos aproxima a média para 1,2 gols por jogo, mas deixa bem claro que a defesa é um dos fatores de risco do time.

Mas não é só isto. O time parou em campo. Fez 3 x 0 e achou que estava com 03 pontos na mala para Curitiba. Esqueceu que do outro lado estava um rebaixado, mas brioso Grêmio. E os gritos de olé vindos da numerosa torcida atleticana, nas arquibancadas, mexeu ainda mais com os jogadores do tricolor gaúcho. Liderados por um Pitbull, o time de Cláudio Duarte cresceu uma barbaridade quando marcou o que parecia ser o seu gol de honra. O Atlético se encolheu e assistiu o adversário partir para cima.

Enquanto o furacão olhava o jogo em Erechim, sem atitude, o mosqueteiro dos pampas partia para o tudo ou nada. Cocito e Luciano Santos que já vestiram a camisa rubronegra jogavam tranqüilamente e injetavam mais garra no time azul. Dois gols de vantagem davam a ilusória impressão que os 03 pontos já estavam na tabela. Mas em 05 minutos, a distancia de 04 pontos para o Santos foi diluída. Uma vantagem considerável, já que poderíamos até perder um dos 03 jogos (desde que vencêssemos 02) e seríamos os campeões, independentemente do que ocorresse nos outros jogos. Mas deixamos escapar.

Bastava tocar a bola. Gastar o pouquíssimo tempo que restava. Estávamos com mais de 40 minutos do segundo tempo, com 02 gols de vantagem. tomamos o segundo. Mas ainda tínhamos 01 gol de frente e apenas os acréscimos para jogar. A bola era nossa. Era só morder em campo. Chutar a bola para frente. Para os lados. Não deixar os jogadores tricolores ter espaço. E, principalmente, não deixar a bola chegar na nossa área. Simples, não? Afinal, eram só 02 minutos de acréscimos.

Mas a frustração pulou com o Pitbull, naquele cruzamento que não era para ter acontecido nunca. E ela foi morrer no fundo do gol de Diego. Um empate com sabor amargo de derrota. Derrota que vem recheado com uma incerteza que não passava pela cabeça de nenhum torcedor atleticano até então. Será que o time chega? Nesta reta final, com apenas 03 jogos. 02 na Arena. Será que o time não irá “amarelar”?

O fato é que ficamos na obrigação de vencer 03 jogos para não depender de ninguém. 02 são em Curitiba. Mas um é em São Januário contra o time daquele cidadão que é mais conhecido por suas atuações extracampo que pelo que já fez no futebol. Contra o time daquele que, após discutir com o Petraglia esta semana prometeu que o Atlético irá perder o campeonato no jogo contra o Vasco. O pior é que o mesmo time carioca irá jogar contra o Peixe e pode jogar de um jeito contra o Atlético e de outro completamente diferente contra o Santos (alias, último jogo do time de Luxemburgo na competição).

E pensar que há 05 minutos atrás (menos até) estávamos podendo até perder um jogo para sermos bicampeões. Que sirva de lição. O jogo tem 90 minutos no mínimo e só acaba quando o juiz apitar – como ocorreu no jogo contra o Grêmio. Infelizmente, o jogo acabou logo após o árbitro apitar a saída do centro, depois do terceiro gol do tricolor gaúcho, quando não dava mais tempo para nada. Nem mesmo prender a bola, como não soubemos fazer durante míseros 02 minutos….



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