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28 nov 2004 - 18h51

Nem tudo são flores

E nem tudo que é fácil tende a permanece-lo por muito tempo. Tratando especificamente de futebol, que está muito longe de ser uma ciência exata.

No jogo deste domingo, contra o rebaixado Grêmio, o Atlético mostrou-nos que aquilo que é fácil não tem graça alguma. O jogo estava nas mãos, assim como os últimos 6, 7 jogos que o time rubro negro fez. É desnecessário frisar que o sucesso da equipe neste campeonato está no equilíbrio do conjunto e no poder “mágico” dos talentos individuais de Jadson, Fernandinho e Washington (menção honrosa e gloriosa a Dagoshow, que logo volta). A defesa sólida e um ataque impiedoso são a máxima do atual líder do campeonato, mas hoje podemos pensar novamente na partida e escolher o Rogério Correia como Judas e crucifica-lo ante os dois erros que implicaram o empate do tricolor dos pampas.

A quem ler essa: Você ficou preocupado com o resultado? Eu não. Como dizem na sabedoria popular, “aquilo que tiver que ser será”. O furacão, nos dois últimos jogos, apresentou uma “inconstância” no seu setor defensivo e o que poderiam ser resultados “tranqüilos” foram, pelo menos neste jogo, 2 pontos jogados fora. Mas isso não significa que tudo está perdido, ou que precisaremos de um homem da mala preta para garantir o título.

Muitos vão fazer drama, vão querer a cabeça dos zagueiros, vão dizer que o Levir alterou mal o time, acharão desculpas e justificativas mil para explicar o inexplicável, aquela velha história de “não estar num bom dia”. Fosse dia do rubro-negro ganhar, teria acontecido.

Eu estava fazendo minha prova do vestibular da UFPR, não vi o primeiro tempo de jogo. Ao ligar a TV, vi um time se apresentando de forma displicente e outro jogando(o máximo) dentro das suas limitações. A superioridade do Atlético era tamanha ante ao Grêmio que chegou num determinado momento no qual os jogadores simplesmente se abdicaram de “fazer mais”.

Erros, que todos comentem e que são passiveis a todos os que vivem e arriscam. Rogério Correia errou hoje. Muitas vezes também acertou.

No domingo próximo eu vou à Arena e vou gritar até ficar sem voz, vou fazer festa e vou empurrar o Atlético a mais uma vitória, diante do perigoso (e provavelmente roubado) São Caetano, que tem tudo para ser o “fiel da balança” no campeonato, aquele que “decidirᔠquem será o campeão. Eu tenho certeza que o Papai Noel vai vestir vermelho e preto neste natal.



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