6 dez 2004 - 13h05

Opinião de Rogério Andrade

O colunista da Furacao.com Rogério Andrade fala sobre a emocionante virada atleticana sobre o São Caetano neste domingo:

Algo mais
por Rogério Andrade

Somos atleticanos, portanto não deixamos nunca de acreditar. Somos insistentes, exigentes, guerreiros e inundados de esperanças. Às vezes chegamos a ser chatos e teimosos, pois estamos em busca sempre de um algo mais para o nosso clube do coração. Mas sejamos sinceros, ontem no intervalo do jogo, chegamos a ficar com um enorme ponto de interrogação nos rondando. Seria difícil virar o jogo, mas não seria impossível. O São Caetano era um time bem postado, com virtudes diversas e vencia por um gol de diferença. Nem mesmo o torcedor mais otimista conseguia esconder sua intranqüilidade. Ligamos o rádio e o Santos fazia dois, três, quatro….ah, não, chega. Desligamos o rádio. Voltamos para a Arena pensando nas estratégias do Furacão para mudar a história do jogo.

O apito do árbitro dando início ao segundo tempo foi o início de uma etapa em que os sentimentos passaram a se confundir o tempo todo. Medo, tensão, pavor, ansiedade, felicidade, agonia, euforia. O time tentava, insistia, teimava, mas por alguns minutos, chegamos e esvaziar novamente os corações. Estava realmente difícil. Porém algo estava diferente, Jadson estava mais agressivo, melhor em campo. A equipe estava mais organizada e Levir Potter Culpi, como num toque de mágica, mandou Raulen para o campo. Genial, acertou na mosca. Raulen entrou com uma convicção incrível e em conjunto com os guerreiros Marcão e Washington, começou a escrever um capítulo diferente dentro de campo.

A partir do primeiro gol do Furacão, o torcedor voltou a sonhar com o bicampeonato e novamente sorriu de verdade. Um golaço! A empolgação tomou conta de todos, o caldeirão ferveu e o Atlético, sem dó nem piedade, partiu para cima do ótimo time do São Caetano e o segundo gol foi de tirar o fôlego, provocado após um bombardeio para cima do azulão e concluído com um tiro fatal de Jadson. O Atlético voltou a ser fenomenal, valente e matador. O Furacão voltou a assombrar, fez três e quatro e estava ali, diante dos nossos olhos, um filme muito parecido com 2001. Atlético 4, São Caetano 2.

Os tempos são outros, passaram-se três anos. Bastaria uma semelhança ou seria preciso acrescentar a este time algo mais para estar no caminho do título? Para muitos o melhor que poderia acontecer seria o apito final do árbitro, mas alguém estaria escrevendo uma história um pouco diferente de 2001. Denis Marques fez o atleticano explodir de alegria e com um balaço de fora da área, foi o grande responsável por um "algo mais". O quinto gol do Atlético nocauteou o adversário e fez cada atleticano estar próximo, muito próximo da realidade do bicampeonato. Agora sim juiz, pode apitar o final do jogo!

Parabéns Denis, você foi o "algo mais" do Furacão neste domingo inesquecível.

Rogério Andrade é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.

O conteúdo da opinião acima é de responsabilidade exclusiva de seu autor e não expressa necessariamente a opinião dos integrantes do site Furacao.com.

Entre em contato com o colunista.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…