Emanuel torce pelo título
O DIA – Se a campanha feita por Emanuel entre os seus amigos deu mesmo resultado, o Atlético-PR contará com alguns torcedores de última hora na briga pelo bicampeonato brasileiro. Torcedor ilustre do Furacão, o campeão olímpico do vôlei de praia não perde tempo e, sempre que pode, tenta transformar o Atlético-PR numa espécie de segundo time para os seus companheiros. Em Curitiba, no meu grupo de amigos, apenas eu e mais três torcemos para o Atlético-PR. Mas no vôlei já consegui alguns simpatizantes. Sempre peço para eles torcerem para o nosso time, brinca.
Para Emanuel, o grito de bicampeão brasileiro é apenas questão de tempo. O Furacão pode até faturar o título hoje, desde que vença o Vasco, em São Januário, e o Santos não ganhe do São Caetano, em São Caetano do Sul. Mas a tática do jogador é não torcer contra o principal rival. Temos uma grande oportunidade, mas o Vasco não vai dar moleza. Se jogarmos como na partida contra o São Caetano, temos chance. Só não podemos torcer contra o Santos. O Atlético-PR só depende dele, ensina.
Apesar de ter gostado da atuação do time na vitória de 5 a 2 contra o São Caetano, Emanuel conta ter sofrido bastante no domingo, diante da TV num hotel em Vila Velha (ES), onde jogava uma etapa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. O São Caetano saiu na frente e foi um sofrimento. Mas quando viramos o jogo, dei até uns pulinhos no hotel, recorda.
Emanuel se orgulha da camisa (foto: Furacao.com)
Orgulhoso, ele exibe uma camisa do Atlético-PR com o seu nome nas costas, que ganhou de presente no dia 2 de outubro, quando foi homenageado na Arena da Baixada pelo ouro em Atenas. Nesse dia, Emanuel mostrou ser pé-quente e assistiu à goleada do Furacão sobre o Atlético-MG por 5 a 0. No fim do jogo, ele foi ao vestiário cumprimentar o artilheiro Washington e o técnico Levir Culpi.
De sua época de garoto, o campeão olímpico, de 31 anos, guarda boas histórias. No início, ia ao jogo só para comer pipoca e tomar sorvete. Meu pai nem me levava aos jogos importantes. A partir de 82, comecei a torcer para valer. Em 83, Emanuel chegou até a adotar o Fluminense como o seu segundo time, só porque o casal 20 Washington e Assis se transferiu do Atlético-PR para as Laranjeiras. A partir dali, o Fluminense passou a ser o meu time no Rio, diz.
Entre os jogos marcantes, o craque não esquece o dia em que invadiu o gramado junto com a torcida para festejar o título paranaense de 1985. Ganhamos do Londrina por 3 a 0. Eu larguei a mão do meu pai e corri para o campo para pegar um pedaço da rede do gol. Era bem pequeno, mas consegui porque encontrei um pedaço caído no gramado. Felizmente, deu tudo certo e voltei para casa com o meu souvenir.
Fonte: O Dia