Sempre digo no meu dia-a-dia que não mais adianta chorar sobre o leite derramado. Infelizmente, este princípio hoje vai se aplicar a mim e a toda nação atleticana que sonhou com título do bicampeonato. Talvez encontre alguns dizendo: “Ainda é cedo. Vai que o Santos perde.” Mas, eu não acredito que o Santos não consiga vencer o Vasco. Assim, devemos nos consolar com o vice-campeonato, que nada mais é que estar em primeiro lugar entre os últimos.

Teremos a Libertadores pela frente. Agora já é a hora de pensarmos como será o novo time. Sob hipótese alguma, podemos repetir o fiasco que foi a estréia contra São Paulo, quando perdemos jogando contra nove. Não teremos Washington, possívelmente o Dagoberto também não jogue mais. O Diego, idem. Assim, é esperar que os dirigentes do Atlético acertem nas contratações do novo elenco. Depois de todo o ano, não vamos entrar em recriminações especulando aonde erramos e o motivo pelo qual o título foi embora. Repetiriamos o Paranaense deste ano quando todo mundo culpou o Mario Sérgio pela derrota na final. O que deve ser feito é uma análise racional para que não se repita o que aconteceu neste Nacional.

Sem muitas pretensões, lanço algumas sugestões para discussão: a – o Atlético Paranaense tem um banco de reservas à altura? b – o custo do ingresso não penalizou por demais a torcida? c – será que se desviou o foco de atenção na reta final?

De qualquer modo, vivemos momentos emocionantes. Chamamos a atenção do Brasil para o Atlético e seus jogadores. Sonhamos com a segunda estrela, sonhamos com a volta olímpica no último jogo na Arena, sonhamos com o escudo do Atlético na TV Globo, com a palavra CAMPEÃO, sonhamos ouvir o hino neste momento, sonhamos… sonhamos…

Pode ser que o sonho ainda se torne realidade. Ao menos, não custa nada sonhar.