Departamento médico pede demissão do clube
O Atlético começa 2005 sem departamento médico. Num comunicado oficial, foram anunciadas as saídas de oito profissionais do setor, que alegaram insatisfação com supostas interferências de cartolas e agentes de jogadores no setor, encerrando uma crise iniciada em outubro, quando o agente do atacante Dagoberto, o apresentador de tevê Ratinho, custeou uma operação do jogador nos Estados Unidos.
Os assinantes consideram como gota dágua para a demissão conjunta a dispensa do fisiologista Raul Osieck, que teria ocorrido sem que o chefe do departamento médico Edilson Thiele, que estava no clube há 16 anos, fosse comunicado. Mas os desentendimentos começaram quando Dagoberto sofreu uma contusão no joelho esquerdo. Thiele não gostou de ver os planos de Ratinho serem aceitos pela direção do clube sem ser consultado e só não foi embora, na época, para não tumultuar o ambiente do time que liderava o Campeonato Brasileiro.
Ainda na nota oficial, os médicos destacam que Thiele, que não assina o comunicado, pagou despesas do clube com dinheiro próprio e que operou diversos atletas sem cobrar nada: Tirou dinheiro do bolso para comprar materiais para o clube, arrecadou dinheiro entre torcedores e dirigentes. Não se tem notícia de que o dr. Edilson tivesse cobrado um único tostão do clube referente à centenas de jogadores que operou. Fazia tudo de graça, somente pelo amor ao Atlético, frisam.
Fonte: Agência Placar (adaptado)