Adauto quer voltar a jogar no Brasil
O atacante Adauto está embarcando na tarde desta quarta-feira em vôo com escala em Londres com um propósito bem diferente dos últimos anos. O jogador tentará nesta sexta-feira convencer o presidente do Slavia Praga, Vladimir Leska, a aceitar o pedido de empréstimo que seu empresário Juan Figer solicitou antes do Natal.
Desde agosto de 2002 no Slavia, após colocar o Atlético na final da Copa Sul-Minas, Adauto viveu em dois anos e meio na República Tcheca momentos maravilhosos de sua carreira, tornando-se o principal atacante do país no campeonato Tcheco e eleito por duas vezes o melhor jogador da temporada. Apesar disso, manobra uma volta ao Brasil.
"Quero jogar esse ano de 2005 no Brasil pois tenho certeza que será muito bom para minha carreira. Estou jogando no futebol mais pegado do mundo, com zagueiros de mais de 2 metros de altura. Sei que no Brasil posso render muito", conta do aeroporto de Cumbica pelo telefone celular.
Adauto tem na República Tcheca tudo que um jogador de futebol sonha. Um bom salário, fama, carisma e o respeito não só do mundo do futebol, mas de toda população. Tanto que foi nomeado embaixador de uma campanha nacional contra o racismo subsidiada pelo Governo Tcheco, feito inédito até então por um cidadão estrangeiro e é o jogador mais carismático entre as crianças.
Se tudo der certo, Adauto poderá estar de volta ao Brasil no próprio domingo, e assim definir junto ao empresário Juan Figer sua volta ao futebol brasileiro. O jogador tem contrato com o clube Tcheco até junho de 2006, e na proposta prorrogaria seu contrato por mais um ano e voltaria ao Brasil por empréstimo. Atlético Paranaense, Palmeiras, Cruzeiro e São Caetano já demonstraram interesse no atacante.