O real e o imaginário
Escrevo a propósito de um artigo do Erick Raifur publicado no dia 28 de dezembro. Nele, é feita referência a um velho colunista esportivo coxa para quem a nossa torcida é menor do que a rival. Os argumentos definitivos do escriba tomaram por base o que seria uma pesquisa Lance!-Ibope realizada no final de 2004. Pois o Erick fez uma detalhada averiguação e provou que as alegações do jornalista eram falsas. Belo trabalho, embora desnecessário. Bastaria ao Erick constatar que os tais números foram obtidos pela internet, num levantamento informal entre usuários cadastrados na página do diário Lance!. Ou seja, não existiu pesquisa nenhuma. Prevalece, assim, a realidade que o País inteiro enxerga: o maior clube do Paraná é o Atlético.
Mas o jornalista coxa teima que teima. Quando o Lance! tornou pública a verdadeira pesquisa, que nos coloca em vantagem numérica indiscutível, veio a comparação estapafúrdia. Estávamos em outubro, logo após as eleições municipais. O mesmo colunista, que agora dá crédito a números imaginários, contestava a surra que levou. Para ele, a eleição de uma bancada coxa de vereadores (bancada de vereadores é torcida de futebol?) seria a comprovação da superioridade dos nossos ex-adversários. Não foi surpresa. Assim como seus irmãos de fé, o colunista perdeu a noção do ridículo. Escreve o que bem entende, sem compromisso com a coerência. No dia 30 de dezembro, em resposta aos que o desacreditaram, afirmou: Inclusive (sic) ainda ontem, encontrei o mesmo resultado [da pesquisa] no site coxanautas [quáquáquáquáquá!!!!], informando a mesma fonte de informação. Então, tá. Que eles, coelhos e coxanautas, permaneçam em seu mundo de fantasias. Nós temos mais o que fazer.