Expectativas para 2005
A foto da reportagem principal de ontem Furacao.com traz um garoto, um verdadeiro adolescente, vestindo a camisa do Atlético e dando entrevista após o jogo de ontem. Esse moleque (Ticão), que no ano passado já era promessa, até agora é o craque do campeonato. Fazer uma leitura como esta numa segunda-feira pela manhã anima qualquer atleticano.
Mas a ironia jamais deixa livre um atleticano: hoje mesmo a grande notícia do nosso futebol é que o principal garoto do nosso time foi-se embora para a Ucrânia. Apenas torço para que o valor arrecadado com a venda do Jadson tenha sido muito maior que os U$ 5 milhões que o Benfica de Portugal havia oferecido.
O Atlético, sem dúvida, é o clube brasileiro que vem fazendo as melhores revelações de craques. Isso é excelente, entretanto, é mais excelente para o nosso futuro do que para o nosso presente. No futuro, estaremos com dinheiro (nosso dinheiro, sem MSI nem TRT) e estrutura suficientes para transformar conquistas em rotina. Porém, no presente… no presente é que está o perigo. Nos acostumamos a ver a chegada de jogadores desconhecidos que, com a nossa camisa, operam milagres em campo. Neste ano, estamos perdendo e não estamos repondo. Os jogadores que chegam não são desconhecidos. Bem pelo contrário, sabemos que não são lá grandes coisas. Nunca precisamos de grandes nomes, mas, neste ano, estamos precisando de experiência. Ao menos para a Libertadores. Vou escrever um absurdo agora: sinto falta do Mário Sérgio; por duas vezes ele massacrou um grupo de jogadores que, após a saída do técnico, voaram em campo. Mas, neste ano, não temos tempo para isso. Precisamos é de um selecionado que entre em forma e ensaie jogadas. A Libertadores não é lugar para aprender, mas para ensinar a jogar.
Torço para que nossa diretoria tenha um pouco mais de pressa e, principalmente, melhore suas contratações. Até agora, estamos montando um time bom para o Paranaense e mediano para o Brasileirão. Para a Libertadores, ainda não deu nem sequer expectativa.