Atlético que não é o Atlético

Não sei se o empresário do Kuhlman é o Baideck, mas como o Atlético ficou tanto tempo com o William e repatriou o Cocito, se a diretoria atleticana não comprar esse moderno jogador do Roma, estará passando um atestado de incompetência. Trata-se de um ótimo jogador. Sabe destruir com classe, sem fazer falta. Arma com qualidade, lança muito bem, vira o jogo com facilidade, tem um fôlego extraordinário, enfim, ele cairia como uma luva para o Campeonato Brasileiro. O Atlético empatou com a “calça na mão” em Irati.

É muito difícil ver um jogo assim. Não era o Atlético que estava jogando, mas também era o Atlético. Fica esquisito isso tudo. Agora, quando se deposita as esperanças em Fabrício, fico com pena da pobre da torcida Atleticana. Ainda bem que esse campeonato paranaense acaba logo. Quanto ao Coxa, bicho dobrado para o Fernando e agradeçam que o Caetano anda só. Tainha é mais um “cabeça-de-bagre” e ainda por cima, remungão. Só sabe reclamar e errar pênalti.

Não dá para entender certas contratações que estão fazendo no Furacão. No início até que apoiei. Pensei, ora bolas, se estão contratando, é porque sabem que o jogador é ótimo, vai somar muito, e por certo dará algum retorno financeiro para o grupo empresarial. Temo estar fazendo o papel de ingênuo. Tanto se vendeu, tanto se estocou e tantos outros ainda virão. Mas, qual é o critério? Quem determina, quem dá a palavra final para as contratações? Sinto que o Clube Atlético Paranaense está fugindo das nossas mãos.

Fico imaginando o dia em que empresários, japoneses, americanos, coreanos, espanhóis, portugueses invadirão o vestiário do Atlético para “dar de dedo” em jogadores nossos. Seriam nossos mesmos? É o Clube Atlético Paranaense que não é o Clube Atlético Paranaense. Estranhíssimo, não é?