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13 mar 2005 - 22h18

Atlético 2005

Depois de três partidas da Copa Libertadores é possível traçar um perfil daquele que, em tese, é o time principal do Atlético, para a temporada de 2005.

No gol, Diego continua fantástico. Mas apenas debaixo dos três paus. Já escrevi, em outra oportunidade, que Diego deveria aprender a sair do gol. Não é de hoje que o Atlético leva gols em vista de bolas alçadas na área. A falha, entretanto, continua, como continua o Atlético a levar gols em bolas aéreas.

A defesa do Atlético, que no ano de 2004 era razoável, foi transformada em ruim. Muito ruim. Cocito não serve para jogar na zaga. E Baloy não serve para jogar no Atlético. Nenhum dos dois sabe sair jogando. Nenhum dos dois sabe marcar bolas aéreas e nenhum dos dois oferece qualquer segurança ao goleito. Salva-se Marcão. Mas sozinho não pode fazer milagre.

Se o problema do ano passado era a lateral esquerda, este ano o problema estendeu-se a ambas as alas. Marín não marca direito, e também não apóia direito. Se o jogador gosta de se espelhar em Roberto Carlos, que ao menos comece a acertar passes, pois não dá para justificar o salário apenas cobrando falta. Já Jancarlos é jogador de nível técnico baixo. Me parece que, neste caso, a melhor opção seria insistir que os laterais aprendam a marcar. Assim seria possível sacar Baloy ou Cocito da zaga, o que representaria grande avanço.

No meio campo o Atlético está bem servido de volante. Alan Bahia dá conta do recado com folgas. Já era assim no ano passado e assim continua em 2005. Já Rodrigo Souto ainda não mostrou a que veio. É volante ou meia?

Para armar a equipe a opção acabou sendo Fernandinho. Não acho que o jogador tenha características de armador. Mas é a única opção.

É preciso, no entanto, que os dirigentes entendam que todo time precisa de um jogador que faça a bola rolar, que tenha bom passe. Assim era com a Seleção Brasileira de 1970, que tinha Gerson, Rivelino e Tostão. Assim era com o Palmeiras de Ademir da Guia. Assim era com a França de Zinedine Zidane. Assim era com o Atlético de Kléberson e, depois, de Jadson. Ainda quando estava apagado e não produzia jogadas de efeito, Jadson fazia a bola rolar – sair da defesa e chegar ao ataque. Fernandinho não possui esta característica. É jogador que serve para conduzir a bola, ou para tocá-la para “receber na frente”. É ótimo naquilo que faz (e por isso fazia tão bem na lateral direita). Mas não serve para ser o principal armador da equipe. Precisa urgentemente que algúem divida com ele a responsabilidade.

Por fim o ataque. Escreveria José Simão, em sua coluna, que se trata de um ataque-cardíaco. Está, realmente, ruim. Denis Marques ainda não estreou em 2004 e Lima provou que serve para jogar o Campeonato Paranaense. O resto é incógnita. Ninguém sabe do real potencial de Aloísio, Maciel, Jorge Henrique e Jonatas, entre outros.

A situação, desta forma, está invariavelmente preocupante. O Atlético não consegue jogar defendendo-se porque a zaga está mal. E não consegue atacar porque os avantes andam ineficientes. Resulta que acontece o que se viu contra o América de Cali, o time entrou em campo. E apenas isto.

Abraços a todos os Atleticanos que, como eu, acreditam.



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