Opinião de Eduardo Aguiar
Super trunfo
por Eduardo AguiarO Atlético dá mais um passo rumo aos "tempos modernos" nesta quarta, quando anuncia em São Paulo a parceria com a Kyocera, que será o "patrocinador master" da Arena.
Uma parceria que, apesar de garantir ao clube maior folga financeira, já nasce sob a desconfiança da torcida. Tenho visto, lido e ouvido reações apaixonadas e descomedidas sobre o novo patrocínio da Baixada.
Pois bem, nós atleticanos somos assim mesmo: apaixonados por natureza. Mas daí a se posicionar contra um patrocínio vai uma distância muito grande.
Assim fosse, eu também preferia que o sagrado manto rubro-negro não ostentasse marca alguma de telefone celular, provedor de internet ou empresa qualquer. Aliás, nem me lembro mais quando foi a primeira vez que o Rubro-Negro entrou em campo com uma marca estampada em sua camisa, mas certamente as reações, na época, devem ter sido parecidas com as de hoje com relação à Baixada. Me lembro, porém, que até marca de papel higiênico o Atlético já teve de colocar no peito em troca de alguns tostões!
Além do mais, hoje em dia ninguém em sã consciência questiona os patrocínios de camisa, de tão comuns (e necessários) que se tornaram em todo o mundo à exceção de alguns times milionários como, por exemplo, o Barcelona.
O que poucos estão vendo é que, além do pioneirismo da iniciativa, esta é a única forma do Atlético concorrer com os clubes de São Paulo no que diz respeito a valores de cotas publicitárias. Se formos comparar apenas o patrocínio de camisa, tomamos um banho. Uma lavada. A Bombril pagava ao Santos no ano passado mais de dez vezes o valor que o Atlético recebia da Claro.
Ou seja, a Arena é um trunfo. Um super trunfo. E os trunfos servem para serem usados.
Quanto ao nome, podem estampar a marca que quiserem: para nós, será sempre a eterna Baixada.
Eduardo Aguiar é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.
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