Dallas Cup: bate-papo com Guilherme
O Atlético foi campeão da Dallas Cup de 2004 e lutará neste ano pelo bicampeonato desta importante competição internacional. Apesar disso, muitos jogadores do elenco de juniores do Furacão ainda são desconhecidos da maioria dos torcedores. Por isso, a Furacao.com preparou uma série de perguntas visando a mostrar um pouco mais dos jovens talentos rubro-negros.
Nossa série começa còm um bate-papo com o goleiro Guilherme, que chegou a disputar uma partida do Campeonato Paranaense e será titular do Atlético em Dallas. Confira:
Nome: Guilherme Alvim Marinato
Local de nascimento: Cataguases (MG)
Data de nascimento: 12/12/1985
Clubes em que jogou: PSTC
Peso: 88 kg
Altura: 1,96m
Chuteira: 44
Como você decidiu ser jogador de futebol?
Foi com 10 anos, quando disputei o primeiro torneio pelo time da minha cidade (Cataguases). Saí de lá e aí é que tive a primeira oportunidade de disputar um torneio e me inspirou para tentar ser alguém na vida.
Como você chegou até o Atlético?
Eu comecei no PSTC, disputando campeonatos estaduais. Fiquei lá por dois anos e fui campeão paranaense juvenil e campeão da Taça Brasil. Depois disso, vim para o Atlético. Antes do PSTC eu jogava futebol em uma escolinha.
O que se passa na cabeça de um jovem que sonha um dia chegar a ser um jogador de futebol?
Eu sei que meu objetivo eu ainda não alcancei, que é ser jogador profissional e um dia, se Deus quiser, eu poderei ajudar meus familiares, mas eu fico grato de estar num clube que tem uma estrutura excelente e estou ciente que estou perto de realizar meu sonho.
Como é o seu dia-a-dia no Atlético?
Eu terminei os estudos e pretendo fazer faculdade, mas é muito apertado. Meus pais pegam bastante no meu pé, então quem sabe no ano que vem eu faça alguma coisa. Aqui no CT a gente treina, tem vezes que em dois períodos, tem outras vezes em que é um período só e no final de semana a gente joga. Quando não tem jogo, a gente dá uma saída, vai ao shopping dar uma volta com a namorada, essa é a rotina.
Como você fazia para jogar e estudar ao mesmo tempo?
Eu vou falar a verdade: a gente só estudava na escola mesmo porque no CT é difícil de você pegar um caderno para ler, para estudar para a prova. Aqui no CT eu nunca peguei um caderno, só lá na escola.
Como é o apoio de sua família? Como você ameniza as saudades?
A minha família continua em Minas e sempre me apoiou. O que me motiva muito a dar uma seqüência, tentar a cada treino dar o máximo, é minha família. Eles sempre estarem ao meu lado, me apoiando. De vez em quando eles vêm para cá para passear.
Qual a melhor e a pior coisa de ser jogador?
O ponto negativo é o fato de no começo você passar por coisas difíceis, inclusive ficar longe da família, mas isso é uma coisa que com o tempo a gente acostuma. E o ponto positivo é que ser der certo mesmo a carreira no futebol, inclusive na questão financeira, eu poderei ajudar, nem tanto a minha família, mas os meus tios. Meu sonho é de um dia poder ajudar eles, que passam muita dificuldade e acho que pelo futebol é o meio mais fácil. Eu não tenho outra coisa a não ser o futebol.
Em qual jogador você se espelha?
A gente sempre tem um ídolo da posição e o meu ídolo como goleiro é o Júlio César. No geral, sou fã do Zico.
O que o Atlético oferece para os atletas de base?
Como eu sei que estou em uma estrutura excelente, eu procuro a cada dia que passa dar o meu máximo para não perder as oportunidades, porque eu vejo tantas pessoas que não dão valor ao que tem aqui, então eu uso isso como exemplo. Tento aproveitar o máximo possível porque tenho amigos que passam por tantas dificuldades sem clube e quando estão num clube a estrutura não é tão boa, então eu tiro o máximo disso.
Com qual jogador profissional você compara seu estilo de jogo?
Com o Van der Sar, goleiro holandês.
Como você planeja seu futuro?
Eu planejo primeiro chegar ao meu objetivo que é jogar no profissional do Atlético. Depois, trazer todos os meus familiares para cá e poder ajudar meus tios que passam por dificuldades e também moram em Minas.