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Atitude
por Rogério Andrade

Ontem novamente foi dia de mais uma atitude tola de Antônio Lopes após o jogo contra o Iraty. O técnico do rival, apesar de tudo, é inteligente. Declarou que o Atlético já é o campeão, mas em seu patamar de orgulho, não admite que seu time jogou mal e que a superioridade atleticana é infinita. Prefere insinuar falcatruas, pois vive neste meio e o hábito de ser um homem chorão tornou-lhe uma pessoa chata.

Não estou escrevendo para citar o nosso adversário da decisão, mas para declarar que não há nada mais ridículo que o desespero antecipado no futebol. Lopes viu o seu time se arrastar diante dos fracos do campeonato paranaense, viu seu time ser encurralado em Iraty no primeiro jogo da semifinal e ontem só não viu seu time perder o jogo por detalhes. Detalhe como o gol verde que surgiu de um escanteio que não existiu e detalhe de um pênalti perdido pelo Azulão, fora o show de bola que o time verde levou no segundo tempo.

Portanto, não condeno a atitude de Lopes, só acho que deveria saber conduzi-la em prol do seu time, não atacando o rival e futuro campeão. Infelizmente foi tomado pelo desespero e pelo receio de ter que assistir o Atlético enterrar o seu ego. Tal atitude apenas traduz a sua característica, e nada temos a fazer senão respeitá-la.

Por outro lado, concordo que os dirigentes atleticanos não podem permitir este tipo de ofensa, mas dentro de campo, creio que não precisamos responder à altura. Nossa resposta virá com o nosso futebol, dando um brilho a este penoso campeonato paranaense: o palco da finalíssima. Os anos se passaram, os tempos são outros, e com a tamanha evolução do Atlético, nós, torcedores, não merecíamos erguer a taça de campeão no Pinheirão. Seria uma tremenda ofensa aos deuses do futebol.

Rogério Andrade é colunista da Furacao.com. Clique aqui para ler outros textos de sua autoria.

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