16 abr 2005 - 3h28

Leia mais uma análise da vitória de quinta

Análise de Atlético 2 x 1 América de Cáli
por Fabio Kaiut

Foi um jogo de Libertadores. Para bom entendedor, isso bastaria.

Fato é que a garra pe(r)dida quando da concessão do empate ao Independiente de Medellín, na primeira partida do Atlético nesta edição da Taça Libertadores da América, foi recuperada na partida de ontem.

Em compensação, o bom futebol demonstrado naquela primeira ocasião, ontem desvaneceu. O que se viu foram zagueiros tentando armar o jogo, lançamentos sem qualquer precisão, um ataque desarticulado e sem comunicação entre si.

Nas alas: Jancarlos queria fazer jogadas, mas sempre as errava. Marin, por sua vez, não errava, mas por simplesmente não tentar. Com isso, o jogo do Atlético pelas alas, que poderia abrir a retranca colombiana, simplesmente esvaiu-se.

Com isso, vimos Alan Bahia, Fernandinho e Fabrício congestionando-se no meio-campo atravancado, sem ousadia, e Aloísio recebendo apenas bolas mascadas. Denis Marques? Ele esteve presente ontem na Arena?

As substituições vieram a contento, com Maciel puxando o jogo para os flancos, o que permitia maior domínio do Atlético. Ticão, ainda que com pouco tempo de jogo, deu alguma estabilidade ao lado direito, totalmente minado com os erros de Jancarlos. Lima, menos tempo ainda, mas muita estrela.

Quem diria, há algum tempo atrás, que dependeríamos dos gols de Fabrício e Lima para conseguir uma vitória na Libertadores!?!…

Lamentável, entretanto, foi a atitude da torcida (vide coluna de Ricardo Campelo) que, no melhor estilo contraditório esmeraldino, vaiou os próprios jogadores ainda no decorrer da partida e comemorou o gol da vitória com "Hei, Petraglia, vá…". Uma torcida com essa atitude não tem a mínima condição de pleitear o que quer que seja (ingresso, bateria, faixas, etc, etc.).

O ponto alto é que agora o Atlético depende, matematicamente, de dois empates ou uma vitória em casa para alcançar a classificação para a próxima fase da Libertadores.

Fabio Kaiut é colaborador da Furacao.com. Ele é um atleticano advogado. Atleticano por devoção, desde que chegou em Curitiba e viu Oséas e Paulo Rink acabarem com o Palmeiras na Velha Baixada. Advogado, por prazer – afinal, todo atleticano "não teme a própria morte"….

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