19 abr 2005 - 0h46

Há 60 anos, violência fez presidente renunciar

Após a brilhante vitória atleticana dentro de campo no último domingo, o povo paranaense presenciou cenas de violência e vandalismo. Fora do estádio, o policiamento não conseguiu conter a fúria da torcida do Coritiba, que extravasou a tristeza quebrando ônibus e praticando atos de barbárie (o atleticano Alison da Silva foi assassinado – leia matéria relacionada).

Na Kyocera Arena, 159 cadeiras da área destinada aos torcedores visitantes foram quebradas, causando um prejuízo de R$ 23 mil. Além disso, o vestiário do visitante foi totalmente destruído. Espelhos, vasos sanitários, divisórias e válvulas hidráulicas foram quebrados. Resultado: mais R$ 6 mil de prejuízo financeiro.

Infelizmente, esses lamentáveis fatos não são inéditos e casuais. Há 60 anos, já havia registros de ações como essa. Na final do Campeonato Paranaense de 1945, logo após a conquista do título do Atlético em uma vitória por 5 a 4, a torcida do Coritiba promoveu atos de violência e depredou o Estádio da Baixada. Até os jogadores se envolveram na briga. O médio Lolô, do Atlético, foi atingido com uma garrafada e machucou o braço.

Graças a esse episódio, o Capitão Manoel Aranha renunciou à presidência do Atlético. “Afastado da atividade diretiva, continuarei como mero espectador, fiel ao lema que nunca se esquece e nunca se desmente: uma vez Atlético, sempre Atlético”, escreveu Maneco Aranha em sua carta de renúncia.



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