Os colegas atleticanos Lessnau e Zimmer estão com toda razão quando o assunto é transmissão de jogos. Os salários devem estar baixos, pois nos últimos vinte anos nunca houve um período com tantos narradores incompetentes. Fico admirado com a Globo deixar pelo segundo ano consecutivo, um profissional tão fraco. Será que ninguém lá do Rio nunca acompanhou uma transmissão daqui?

Cerca de dez câmeras espalhadas pelo estádio, o monitor na sua frente repetindo várias vezes o mesmo lance, e o cidadão consegue falar um monte de asneiras. Como quando a bola que saiu pela lateral e foi aparada com o pé pelo treinador Edinho. Só ele viu o Edinho interceptar a bola antes de sair. Desconfio que ele narra com um espelho na sua frente. Sem falar que sua voz esta longe dos padrões mínimos exigidos pela profissão.

O pior que você abaixa o volume, liga o rádio e não acha nada. Domingo a opção era. Na banda B o sempre atrasado Marcelo com piadinhas ridículas e um mundo de propagandas. Na outra a narração insossa de Linhares Jr., que para completar, na última segunda-feira desenterra o Milton Neves em uma entrevista cheia de ataques absurdos contra o CAP e sua torcida.

Os mais antigos devem lembrar do locutor Rinoldo Cunha. Narração limpa, mas com grande dose de emoção. Ao contrário de algumas figurinhas nunca escondeu sua paixão pelo CAP. Mesmo que quisesse não conseguiria esconder suas cores. Quando o CAP marcava seu grito de gol era três vezes mais forte e mais demorado que os outros Que saudades!