Rodriguinho está de volta ao elenco atleticano
O novo reforço do Atlético é um velho conhecido da torcida: o meia Rodriguinho, de 23 anos. Revelado nas categorias de base do Atlético, Rodrigo César Castro Cabral surgiu no time profissional na temporada de 2001. Apontado como o natural substituto de Kleberson, Rodriguinho demonstrou habilidade e disposição física e teve atuações marcantes, como a da goleada sobre o Flamengo por 4 a 0 no Brasileirão daquele ano. Admirado pelo técnico Mário Sérgio, que sempre fez questão de dizer que o meia era um craque de raro talento, Rodriguinho não conseguiu brilhar com a camisa atleticana. Apesar de ter recebido diversas chances no Furacão (disputou 78 partidas e marcou 9 gols), o meia se envolveu em diversas confusões e acabou perdendo espaço no clube.
Confusões
O primeiro incidente público envolvendo Rodriguinho aconteceu em janeiro de 2003. Em um jogo contra o Malutrom, no Couto Pereira, ele foi expulso de maneira inusitada. Aos 16 minutos do segundo tempo, percebendo que o treinador Heriberto da Cunha iria substituí-lo, o meia tirou a camisa ainda dentro de campo, gesticulou exageradamente e seguiu para o vestiário. Foi expulso pelo árbitro Maurício Batista dos Santos, que teve de mostrar o cartão vermelho para o capitão Cocito.
"É preciso existir respeito entre os companheiros. No futebol não basta entrar em campo e jogar bola. O jogador precisa saber se comportar, coisa que o Rodrigo não fez", comentou Heriberto na época, justificando o afastamento do atleta do grupo principal. Porém, o afastamento não durou muito e logo o próprio Heriberto foi demitido.
Um ano depois, o jogador se envolveu em um acidente de carro. Rodriguinho não sofreu qualquer ferimento, mas duas pessoas se machucaram na colisão ocorrida na Cidade Industrial de Curitiba. A pedido do técnico Mário Sérgio, o jogador foi desligado do elenco. "Senti muito em ter que tomar uma atitude como essa. Tentamos recuperá-lo muitas vezes, mas não bastou", afirmou Mário. Na ocasião, o treinador comentou que, em sua opinião, Rodriguinho não tinha mais condições de morar em Curitiba e que uma mudança de ares seria benéfica para sua carreira.
Nova fase
Dias depois da dispensa, Rodriguinho assinou contrato com a Portuguesa. Sua passagem pelo Canindé durou apenas dois meses e até receber uma proposta do Botafogo. Três meses depois, foi negociado com o Bahia. Disputou a Série B pelo Tricolor de Aço e, sob o comando de Vadão, fez uma bela campanha. O Bahia foi um dos finalistas da competição e por pouco não conseguiu o acesso à Série A.
Neste ano, diversos clubes já tentaram a contratação do meia. O próprio Bahia, o Náutico, o Guarani e a Ponte Preta fizeram propostas pelo jogador, mas o negócio não se concretizou.
Nesta quarta-feira, a direção atleticana anunciou oficialmente a reintegração de Rodriguinho. Ele já estava treinando no CT do Caju e, a partir de agora, passará a trabalhar juntamente com o grupo principal. Assim que estiver condicionado fisicamente, será liberado para ficar à disposição do técnico Edinho.