7 maio 2005 - 22h48

Análise de Santos 2 x 1 Atlético, por Fabio Kaiut

Análise de Santos 2 x 1 Atlético
por Fabio Kaiut

O Atlético perdeu as 3 primeiras partidas do Brasileirão. Muito bem. O que mais a diretoria deseja? A desclassificação da Libertadores? "Saindo, em alguns minutos, senhor". É ridículo observar um time que não tem um padrão de jogo, como é este atual do Atlético. Um time que, diante de um adversário que deixa jogar, como foi o Santos na noite de sábado, não consegue criar qualquer jogada ofensiva que seja. Um time que tem 5 minutos de lampejo de futebol por partida.

Tanto assim é que o único gol marcado pelo Atlético no Brasileirão, até agora, foi resultado de uma situação tão errada que deu certo – a famosa comédia de erros. Um atacante que pisa na bola e é desarmado. Um zagueiro que não consegue chutar a bola. De novo o atacante, que agora se enrola com a bola. Subitamente, o atacante esquece da bola. De forma inacreditável, o marcador o acompanha. Quando o atacante lembra-se da bola, encontra-se frente a frente com o goleiro e consegue marcar o gol. Parece coisa de "Os Três Patetas". Não, não cometerei tamanho sacrilégio: Larry, Curly e Moe eram geniais. Coisa que nem passa pela cabeça do atual time atleticano.

Fatal, entretanto, é a impossibilidade do treinador de plantão de armar o time de forma condizente com o que se espera do atual vice-campeão brasileiro. A mais absoluta falta de visão de quem está bem ou está mal em campo. A consagração do "jeito Joselito de ser" aplicado ao futebol.

Será que se tornou impossível perceber que Fabrício não sabe armar jogadas, não sabe driblar, não consegue correr com a bola e não consegue acertar dois passes consecutivos? Por que permanecer com tal "jogador" em campo? Como é então que um treinador (sic) assim se estabelece?

O pior de tudo não é isso: é ver um elenco razoável, que rivaliza com os dos melhores clubes do país, em seu conjunto, ser desperdiçado por um assim dito profissional que não consegue harmonizar os seus componentes de forma a criar um "time". Que profissional é esse que, sendo pago para tal, não consegue desempenhar sua função – basicamente porque não sabe fazê-lo?

Recuso-me a dizer o nome dessa ignomínia travestida de treinador e que vai dormir toda noite com seu querido pijama verde, branco e grená, saudoso de seus idílicos tempos nas Laranjeiras. Dessa criatura que ajudou a rebaixar o horroroso Flu para a 3° divisão (1998), o Bahia para a 2° divisão (2003), que tornou o Goiás o pior time do Brasileirão no 1° turno de 2003 e que, salvo alguma atitude racional da diretoria – se lhe resta alguma racionalidade – leva o Atlético no mesmo caminho em 2005. Fora com essa besta-fera que nos suga toda a vitalidade Rubro-negra.

Fabio Kaiut é colaborador da Furacao.com.

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