Ralo da incompetência
E não é que o 13 é o número da sorte? Os atleticanos devem estar felizes com a desgraça que abateu-se sobre o sonho verde da Libertadores. Ouvi, através do rádio, o comentário de um setorista verde, desancando as atuações de Alcimar e Thiago. As opiniões mudam. Os príncipes viram sapos da noite para o dia. Enfim, a vaga para a próxima fase da Copa Brasil esvaiu-se pelo ralo da incompetência.
O futebol é impiedoso, pune severamente a quem o trata com soberba e arrogância. A próxima vítima poderá ser o Furacão na Arena. O mesmo ralo pode tornar-se vermelho e preto, exatamente em nossa próxima partida da Libertadores. Foram meses de preparação, planejamento, viagens, compras, vendas, trocas de técnicos, e o que se vê? Um amontoado de jogadores, sem um padrão definido de jogo, departamento médico lotado, torcida distante, bateria muda e o grito sufocado. O pior é que estamos de mãos atadas, não podemos fazer nada. Tomara que eu esteja errado e que os coxinhas não façam festa na próxima partida da Libertadores.
Perdemos mais uma em Santos, só que perdemos para um bom time, um time que joga para frente, joga pedalando. Aliás, o Atlético também joga pedalando, mas a bicicleta está travada. Temos tantos jogadores e não conseguimos formar um bom time. A defesa continua com a síndrome de Papai Noel, com o saco cheio de presentes. Sempre tem um presentinho agradável para o primeiro que encontre pela frente. Parece a casa da “Otilia”.
Não sou pessimista, acredito que possamos dar a volta por cima. Convenhamos porém, que em um campeonato disputado por pontos corridos, perder as três primeiras partidas, pode ser um péssimo indicativo.
Estamos entre os rebaixados e fizemos apenas um gol. É uma bela performance, digna de uma segunda divisão. A segunda divisão é rentável, vai estar prestigiadíssima no próximo ano. O pacote de ingressos será mais barato. Por não ser divisão da elite e por precisarmos voltar à primeira divisão, pode ser que o nosso Marquês de Pombal libere a bateria e a alegria de torcer volte ao Joaquim Américo.
Enfim, isso tudo pode ser um ótimo negócio. Seria como se começássemos tudo novamente, como se voltássemos ao ano de 1995, mas com toda a experiência que possuímos hoje. A segunda divisão não é tão ruim assim. Pode ser um bom negócio e por falar em lucros, não é isso que os cartolas procuram sempre?
Como o Santos consegue segurar o Robinho, apesar de todas as investidas. e por que o Atlético não conseguiu segurar nem o Jadson?
Sinceramente, eu gostaria que alguém se responsabilizasse por tudo isso que está acontecendo, mas que esse responsável fosse concreto, que assumisse a sua culpa, que deixasse de se esconder atrás de outras pessoas.