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11 maio 2005 - 11h05

Pão e vinho

Ao apresentar este texto para o editor de um jornal, o redator chefe poderia encaminhá-lo ao caderno de esportes. Eu contestaria tal procedimento. Insistiria com ele, que este comentário deveria ir para o caderno político, eis que traz em seu conteúdo, matéria de interesse de uma nação, da nação rubro-negra. Trata-se portanto, de matéria de interesse nacional.

Ao colocar-se, literalmente de quatro, com a vergonhosa derrota sofrida para o Independiente na Arena da Baixada, o Furacão – que está mais para “ventinho” – abriu espaço para uma das suas mais sérias crises. Esta crise porém, era anunciada, perfeitamente previsível.

Quando digo que futebol é matéria de segurança nacional, problema estrutural, faço-o ciente da importância que esta paixão representa para o povo brasileiro. Caso acontecesse isso com a nação coxa-branca, tal fato não alcançaria proporções tão catastróficas, quanto às que alcançam no momento, a nação rubro-negra.

Em tudo, há o lado bom da coisa. Tenho absoluta certeza que isso vai preparar o caminho para uma nova revolução, aos moldes daquela que foi desenvolvida pelo brilhante líder, o Sr. Mario Celso Petraglia.

As lideranças e os impérios são cíclicos. É chegado o momento deste grande líder fazer uma reciclagem. Talvez um retorno ao fundamental. O futebol é do povo, pelo povo deve ser conduzido, e para o povo devem ser canalizados os benefícios decorrentes das conquistas, tanto dentro, quanto fora do campo. Futebol é matéria de interesse nacional.

Houve um distanciamento entre aqueles líderes que fizeram a revolução e o sofrido povo atleticano. Os atleticanos eram vítimas do descaso e da falta de planejamento de dirigentes mal preparados, na maioria das vezes, mal intencionados. O Sr. Petraglia, como um novo Moises, ao longo dos últimos dez anos, liderou a revolução. Conduziu o povo atleticano para um local seguro, levou-o à fantástica Arena. Tal tarefa sempre contou com o apoio irrestrito da torcida atleticana, principalmente do seu núcleo mais fanático – atleticano fanático é redundância.

Após conseguir o seu intento, Petraglia distanciou-se do núcleo, afastou pessoas maravilhosas que o ajudaram nessa duríssima travessia e afastou-se do seu povo fanático. Hoje, infelizmente, posso dizer que ele está colhendo os frutos amargos do seu plantio.

Há o lado bom da coisa. Errar é perfeitamente previsível, mas admitir o erro, corrigir o erro e retornar humildemente ao eixo perdido, são características de grandes homens, espécie em extinção. Não me preocupo com o futuro da nação atleticana, porque o Atlético é eterno e as pessoas são meramente passageiras do grande comboio da vida atleticana.

Pensando nisso tudo que está acontecendo, gostaria de apresentar a solução para o grave problema que nos assola, fazendo uma petição ao nosso grande lider:

Eu quero uma vaga como olheiro do Clube Atlético Paranaense. Quero viajar de ônibus, carro, avião e navio. Quero ficar nos melhores hotéis e quero ter um celular com conta sem limite. Ah! o salário tem que ser muito bom. Quero também, participação nos lucros que o Atlético tiver com as vendas daqueles jogadores que eu aprovar e indicar. Não quero ver a torcida Os Fanáticos entrando na Arena. Batuque? Nem pensar. Quero que seja proibida a sua entrada na Arena Kyocera. Não quero saber de jogador das categorias de base. Aliás, quero acabar com esse departamento. Quero que a imprensa seja proibida de falar mal de mim e principalmente, proibídíssima de falar mal do nosso grande chefe e amo, magnífico e extraordinário Sr. Petraglia.

Rir de tudo isso que está acontecendo ainda é o melhor remédio!



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