Dirigentes elogiam torcida, mas criticam organizada
Protestos, vaias, indignação. Atos que muitos atleticanos estão presenciando desde o ano passado na Kyocera Arena, segundo a diretoria fazem parte de uma minoria. "Há dez anos nós estamos aqui. É a grande torcida. Essa sim, nós respeitamos. A torcida organizada, não. Os verdadeiros atleticanos estão sendo influenciados. A deformação da opinião está sendo levada de uma forma leviana, de uma forma doente. Agora, vocês sabem, a minoria que protesta", disse Mário Celso Petraglia, na entrevista coletiva desta tarde.
De acordo com Petraglia, a diretoria do Atlético não quer permitir que a organizada crie um mercado paralelo com a marca do clube, uma espécie de Gaviões da Fiel em Curitiba. A torcida organizada quer a bateria para ficar em pé, para não sentar na cadeira que a lei obriga. A torcida tem interesse de vender a sua marca. É um comércio paralelo sobre a nossa marca. O que nós queremos? Transformar. Querem criar uma Gaviões na nossa vida? Por quê a imprensa não entende isso? Todo mundo é contra torcida organizada nesse país. Há estados que proibiram a existência juridicamente. E aqui é apoiado. Por quê? Têm medo fisicamente? Me expliquem, indagou o presidente.
O Presidente do Conselho Gestor, João Augusto Fleury da Rocha, afirmou que os torcedores são aliados do Clube e que os recentes maus resultados não abalam a estrutura fincada e planejada. Não é o fim dos tempos. O Atlético não está na sarjeta, no chinelo, nem aos pés de ninguém. O Atlético está grande, tem uma torcida fantástica e não vai deixar se levar pela minoria, disse. Quanto aos xingamentos, Fleury garantiu não ter nenhuma mágoa. "Eu não trago nenhum rancor daqueles que nos ofenderam, completou.