Patricia Bahr

Estreitar as relações entre o Atlético e o futebol português é uma das principais metas dos dirigentes atleticanos. E nesse projeto, o atacante Maciel, emprestado ao clube pelo Porto, é visto como um dos principais frutos dessa aproximação. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mario Celso Petraglia, ter um melhor relacionamento com os times de Portugal pode oferecer bons resultado ao Furacão nos próximos anos.

"O Maciel é fruto de uma aproximação do Atlético com o mercado português. Nesses nove anos, nós nunca tivemos o mercado português aberto. Nunca fizemos nenhum negócio com Portugal. É estranho porque é o maior mercado para os jogadores brasileiros. Estamos tentando uma aproximação, uma abertura", disse.

Durante o ano passado, segundo dados fornecidos pela CBF, os clubes brasileiros negociaram 132 atletas com times portugueses. Isso representa cerca de 15% de todas as tranferências de atletas do Brasil para outros países. Apenas para se ter uma idéia, o país que recebeu a segunda maior leva de brasileiros em 2004 foi o Japão, com apenas 35 transações.

De acordo com Petraglia, o Porto foi o primeiro clube a abrir a possibilidade de parceria como Furacão. "O Porto foi um dos clubes visitados. Em parceria com o Porto, eles nos cederam o jogador Maciel, muito bem avaliado, e deram a opção do Atlético em 50% para uma possível negociação depois da vitrine do Atlético ou de adquiri-lo ou de vendê-lo e ter um lucro", explicou. O cartola também revelou que o contato com o empresário Jorge Baidek é outra forma de inserir o Atlético no mercado português.

Atualmente, Baidek é um dos empresários mais respeitados em Portugal e o principal agente de atletas brasileiros que atuam no país. Baidek detém procuração para representar os interesses de, por exemplo, Claudio Pitbull (Porto), Rogério (Sporting), Maciel (ex-Porto), Luís Mário e Alexandre (Vitória de Guimarães), Pena (Marítimo) e Emerson (Belenenses). Em 2005, os times portugueses já contrataram 20 atletas brasileiros. Baidek foi responsável por mais da metade dessas transações.