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13 maio 2005 - 15h10

Para o Sr. Petraglia, com todo o meu amor pelo Atlético

Em primeiro lugar, deixe eu me apresentar, é bom esclarecer: não sou jornalista, não faço parte da imprensa. Portanto, não grite comigo. Também não faço parte de torcida organizada. Sendo assim, não me expulse, nem tente tirar minhas ferramentas, minhas palavras ou minha voz. Sou mulher, mãe de um casal de gêmeos, trabalho oito (ou as vezes mais) horas por dia em uma multinacional – mereço respeito.

Sou torcedora também. Procuro saber tudo do Atlético, leio jornal, vou ao estádio, frequento sites. Não entendo de futebol, apenas AMO o Atlético. É disso que venho falar.

Não estou querendo repreendê-lo como faço com meus filhos quando eles estão com suas manhas típicas de crianças de 1 ano e meio, mesmo o senhor tendo se portado como uma criança mimada, que está com a fralda suja, mas não consegue se trocar sozinha.

Eu quero o que acredito que todo atleticano vivente quer: respostas e soluções. Estou chocada com o que pude ouvir ontem, naquilo que o senhor e o outro “presidente” chamaram de entrevista coletiva. Aquelas palavras berradas ecoam na minha cabeça. Procurei não ler ou ouvir mais nada para não me influenciar por opiniões de jornalistas ou reporteres. Portanto, não estou levantando bandeira deste ou daquele, a não ser que seja alguem como eu: uma atleticana comum, que ama, que é apaixonada, que vai ao estádio, que veste a camisa.

O que o senhor fez foi uma coisa horrenda. Eu esperava ver aquele presidente que comandou o levante rubro-negro em meados dos anos noventa. Que sacudiu a poeira e com garra, coragem, e c-o-m-p-e-t-ê-n-c-i-a levou o meu time amado ao estado de grande. Este mesmo time, agora, não passa de uma medíocre casa de loucos e se não são loucos também não são só medíocres, são piores do que isso – e eu não estou falando da torcida. Ontem, eu ouvi uma pessoa diferente daquela que esperava. Ouvi um homem amargo, prepotente, arrogante, destemperado, e o que é pior para o cargo que ocupa : um homem com total e completa inapetência futebolística. Vou explicar minha expressão: inapetência, no dicionário, é falta de apetite. Concluo que, pelo que eu ouvi ontem, o senhor não tem “apetite” para resolver os problemas de futebol do Clube Atlético Paranaense. O senhor quer resolver seus problemas pessoais com reporteres, jornalistas e quem sabe, com seu psicólogo ou até psiquiatra. Porque convenhamos, parece caso de patologia.

Voltemos ao prático: as resposta e soluções. Eu DESAFIO o senhor Mario Celso Petraglia a me responder algumas questões. Sou tão compreensiva que abro o caminho para que outros delirantes que concordaram com a atitude do senhor na “coletiva” a me responderem também.

Se a culpa é dos jornalistas e repórteres, me diga por favor o nome do insensato da categoria que resolveu contratar Casemiro Mior ou Edinho para comandar um time da grandeza do Atletico. Melhor, me diga por que cargas d´água um jornalista teria poder para fazer tal coisa uma vez que “ninguem manda aqui enquanto eu estiver aqui” (palavras suas na “EUtrevista” de 12/05).

Se a culpa é da torcida organizada, me diga quem foi o subversivo que contratou e fez o Fabrício (essa ferida aberta no meio campo atleticano) jogar mal sistematicamente todos os jogos que atuou pelo atlético. Não me venha falar de golzinho feito pelo cancro, porque sem problemas de consciência: muitos jogadores de várzea fazem melhor que ele por um décimo do preço.

Se o fato de minimizarem os deslizes coxas-brancas em relação aos nossos fazem com que sejamos um time ruim de dar dó, me responda porque insistimos em ter jogadores, preparadores, treinadores com total despreparo emocional e técnico para comandar um time com o CAP?

Até quando o senhor insistirá na doutrina do inatismo para contratação do elenco rubro-negro?

Até quando o senhor vai tratar o Atlético como um time experimental que não tem amor, tradição, torcida?

Até quando o senhor vai explorar o direto comercial da oferta e procura, cobrando um “roubo” de ingresso (e pacote também, que eu tenho) e não respondendo a altura com um bom futebol, um bom elenco, um estádio COMPLETO?

Até quando o senhor vai pensar que no Brasil de sanguíneos teremos um povo fleumático para torcer no futebol, achando que temos de ver futebol como se assiste a uma partida de tênis ou de críquete?

Até quando o senhor vai investir tudo naquele CT se da onde eu vejo o jogo tenho de me contentar com um paredão horroroso quando o jogo está pior que o paredão?

Até quando o senhor vai esconder os próprios fracassos e jogar a culpa nos outros?

Vamos lá, quero saber, estou aguardando.



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