Petraglia: "Venceremos a Libertadores, mas não agora!"
Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, revelou sua preocupação com o futuro dos clubes brasileiros durante a entrevista coletiva concedida na noite desta quarta-feira na sala de imprensa da Kyocera Arena. Constatando a falência dos grande times, Petraglia disse que haverá uma nova onda de investimentos em função da realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014 – que, segundo ele, já está confirmada.
Na opinião do cartola, o futebol europeu ampliará seu domínio em relação aos brasileiros e cada vez mais haverá exportação de nossos craques para o exterior. "A tendência do futebol mundial é acabar com os clubes brasileiros. O Mundial desse ano terá 6 clubes e US$ 50 mi de prêmio. Quem for campeão da Libertadores vai para lá. Não seremos neste ano. Mas um dia seremos, se continuarmos com o mesmo trabalho. Mas isso se deixarem a gente continuar", afirmou, reconhecendo que o plano do Atlético para este ano não inclui a conquista da competição sul-americana.
Vale lembrar que em 1995 e 2001, o projeto traçado para o Atlético também não previa a conquista dos títulos dos Campeonatos Brasileiros da Série B e da Série A, respectivamente. Porém, dentro de campo a equipe atleticana demonstrou qualidades e conquistou os importantes títulos.
Por outro lado, apesar do negativismo para a campanha deste ano, Petraglia expressou confiança quanto ao sucesso do clube no futuro, acreditando na conquista da Libertadores daqui a alguns anos. "Desde a inauguração da Arena, ganhamos quatro Paranaenses, participamos de três Libertadores, vencemos um Brasileiro e fomos vice uma vez. Querem mais o que? O que que se pretende? Que sejamos campeoes da Libertadores? Eu também quero. Campeões do mundo? Eu também quero", disse ele, reclamando das cobranças pela conquista de títulos a todo ano.
Mario Celso citou também o exemplo do Grêmio, campeão do mundo em 1983 e atualmente disputndo a Série B do Campeonato Brasileiro. "O Grêmio foi campeão do mundo. Alucinadamente, a qualquer preço. E vejam onde chegou: diretores indicionados por corrupçãoo, por emissão de cheques sem origem", finalizou.