16 maio 2005 - 11h15

Análise de Atlético 1 x 2 Corinthians, por Rogério Andrade

Análise do jogo Atlético 1 x 2 Corinthians
por Rogério Andrade

Se tivesse que incluir um título neste texto, estamparia o título "Limites". O Atlético mostrou no jogo de ontem que chegou ao seu limite. O time chegou ao limite e sua torcida chegou ao limite da paciência. É preciso ser muito equilibrado nos dias de hoje para ir aos jogos do Atlético!

Mesmo fazendo um bom início de partida, com Marín mais uma vez sendo explorado e logo de cara Fabrício fazendo um gol de bola parada, o Atlético se mostrou novamente previsível, e logo percebemos que seria uma questão de tempo, e perderíamos mais uma. Apesar da vibração inicial de Borba Filho e do seu espírito aguerrido, não deu outra. O Corinthians jogou no bate-cabeça do Atlético, explorou a bagunça atleticana e virou o jogo. Sem entrar muito no mérito de alguns talentos do adversário, como Tevez e, principalmente o craque Gil, vamos analisar apenas os coadjuvantes rubro-negros.

Diego, Baloy, Marín, Lima, Evandro e Cléo estão livres de críticas. Destaque para Cléo, que jogou um futebol sério, podendo e devendo se firmar no time titular. De resto, a mesma nhaca, com duas diferenças: Marcão e Alan Bahia, nervosos, não estão conseguindo render. Destaque negativo para Aloísio, menos um no ataque do Atlético. Péssimo.

Acho que não há muito mais a se falar sobre o jogo. Foi só mais uma derrota anunciada por um time sem líder, sem forças, sem rumo e sem coração.

Torcida

Para quem admira o modelo de torcedor da diretoria do Atlético, o jogo de ontem foi um prato cheio. Mais parecendo estar em uma partida de tênis, em que o silêncio deve tomar conta do templo para estabelecer a concentração dos atletas, a torcida do Atlético se calou, bem como os nossos dirigentes gostam e desejam. O Corinthians, embalado pela raça e por sua vibrante torcida, após empatar o jogo, fez a "Kyocera Arena" se transformar em um verdadeiro velório. O Atlético estava sendo torturado, aos poucos sendo assassinado, só faltava mesmo alguém lacrar a tampa do caixão. Marcelo Mattos tratou de terminar o serviço, para desespero de milhares de atleticanos.

Resta agora lamentar por aqueles que idolatram a extinção da torcida organizada. Estes devem ter dormido tranqüilos, de bem com a vida, afinal, eles e a nossa diretoria, se merecem. Ou alguém entende o importante papel da torcida organizada Os Fanáticos, ou a Baixada vai continuar congelada, vivendo uma ridícula guerra de setores, uma das coisas mais idiotas que já aconteceu nos últimos tempos.

Tudo bem, torcida não ganha jogo. Mas que ajuda a ganhar, ah, ajuda! E como ajuda! Gaviões da Fiel que o diga!

Papo de crianças na arquibancada

– Quem é aquele cara?
– Borba, acho que é isso?
– É o novo técnico?
– Não, só está no lugar daquele Edinho…
– Ah, então é técnico?
– Não piá, é só enquanto não chega um novo!
– Então, se ele está lá, porque não tira o Aloísio?
– E eu vou saber? A cada jogo que venho, não entendo nada.
– Nem esquente, meu pai também falou que ninguém mais entende nada no Atlético.
– Sério? Por que ele falou isso?
– E eu vou saber? Não entendi, agora vamos ver o jogo…ih, gol do Corinthians de novo. Quer apostar que este técnico vai embora?
– Cala a boca, ele não é técnico!

** Perguntar não ofende: quando será a próxima entrevista coletiva?

Rogério Andrade é colunista da Furacao.com.

O conteúdo da opinião acima é de responsabilidade exclusiva de seu autor e não expressa necessariamente a opinião dos integrantes do site Furacao.com.

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