Torcedor, você está escalado para jogar hoje
Se a torcida não decide um jogo, é fator fundamental para o time se aproximar da vitória. E todos nós atleticanos sabemos muito bem disso, pois somos notoriamente tidos como uma das torcidas mais influentes do país. Essa condição é muito mais do que um orgulho típico de torcedor apaixonado, e ingênuo, que por motivos incríveis e variados acredita pertencer à torcida mais vibrante do planeta. Nós, atleticanos, temos provas. E fartas. Dentro das quatro linhas, já se tornou comum jogadores de outras equipes confessarem ser o Atlético um dos times mais difíceis de se enfrentar quanto atuam fora de casa. Fora do campo, a crônica esportiva do Brasil inteiro sempre registra a pressão que a torcida do Furacão exerce em seus domínios, comparando nossa vibração com a de massas como a corintiana e a flamenguista. Finalmente, os atletas do Rubro-Negro nunca se esquecem de enaltecer abertamente o apoio vindo das arquibancadas, como preponderante nas conquistas da equipe.
Essa condição de torcida influente, quase decisiva, nós conquistamos com a garganta, gritando a plenos pulmões para empurrar o Atlético dentro do gramado. Independente da condição do time, bem ou mal na disputa. Sob qualquer clima, chovendo ou fazendo sol. Com todos ou sem nenhum dos adereços, como papel picado, bandeiras, faixas e até mesmo ajudado ou não pela marcação da bateria. Em grande ou pequeno número de pessoas. De qualquer jeito, lá estava o incentivo da torcida atleticana ecoando mais forte que tudo. E jamais perderemos essa característica. Afinal, para ser atleticano de verdade, é preciso ser assim.
Da maneira como demonstraremos abaixo. O atleticano sabe da sua importância, do seu valor. Porém, procurando reafirmar essa condição num momento tão importante para o clube, recolhemos trechos de matérias de jornais e revistas que mostram claramente o que é a torcida do Atlético:
Revista Especial PLACAR, As Maiores Torcidas do Brasil, 1983
"Atlético, Atlético, conhecemos teu valor. E a camisa rubro-negra só se veste por amor". Na década de 30, em meio a brincadeira entre jogadores, o atacante Zinder Lins, puxando pela veia poética herdada dos pais nordestinos, criou o verso que, mesmo antes de transformado em hino oficial, três décadas depois, transformou-se numa espécie de senha usada pela torcida rubro-negra para empurrar o time nos momentos de desespero ou para festejar qualquer vitória. Uma torcida que no começo representava a mais fina sociedade de Curitiba – daí o símbolo atleticano ser até hoje uma cartola – e que foi eleita pelo "povão" devido, principalmente, ao desempenho do time na década de 40, encerrada com o histórico título de 1949, o ano do Furacão. O que sempre caracterizou esta torcida, reconhecida em 1982 como a maior do Estado, de acordo com a pesquisa PLACAR/Gallup, foi a passionalidade."
Série Futebol, 156, 1998, – publicação da Trama Editorial LTDA.
"Amor pelo vermelho e preto – Ao promoverem a fusão entre Internacional e América, em 1924, os primeiros rubro-negros certamente sabiam que estavam plantando a semente de uma paixão. Mas não tinha a noção das dimensões que essa paixão assumiria com o correr do tempo. Hoje, 73 anos depois, uma das características mais marcantes do atleticano é seu amor, seu orgulho e sua devoção às cores vermelha e preta que explodem em emoção toda vez que o time pisa o gramado do Joaquim Américo. Dia de jogo na Baixada retrata bem a relação da torcida rubro-negra com o time. A paixão de que estamos falando é evidente nos diferentes rostos, nos diferentes olhares nas arquibancadas. Estes apaixonados ficam ali, bem pertinho do time, acompanhando tudo que acontece, sem perder um detalhe sequer. Quando o time está jogando um belo futebol, a felicidade toma conta de todos e a partida vira uma festa. Coitado do adversário. Se o Atlético não está bem em campo, a torcida fica perplexa, parecendo não entender o que está acontecendo. E a reação é de apoio, incentivo, com cada um procurando ajudar o time da melhor maneira possível. Aos poucos, vozes isoladas e comentários esparsos vão se somando. É como se o fogo por baixo do caldeirão fosse aceso. Logo, o ensurdecedor canto em uníssono da torcida explode e empurra o time para cima. E, mais uma vez, coitado do adversário. O Atlético se torna praticamente imbatível. A união entre clube e torcida tem feito um Atlético cada vez mais forte."
Revista Olé, n°10, Dezembro/99, publicação da Mirage Propaganda
"Editorial – O Caldeirão, que fervilha o sangue rubro-negro, e tanto serviu de estímulo para os jogadores nas partidas realizadas em casa. A torcida, sempre presente e confiante, também fazendo parte dessa conquista."
Revista PLACAR, número 1210, 21 de Dezembro de 2001, sobre a final do Brasileiro contra o São Caetano
"Baixada 4, São Caetano 2 – O São Caetano começou a cozinhar muito antes da bola rolar. Faltava uma hora para o primeiro jogo da decisão do Brasileiro 2001. Esquerdinha, Adãozinho e Daniel entraram em campo para aliviar a tensão, enfrentar logo o tal Caldeirão da Baixada. Péssima idéia. Apesar de estarem de chinelão e sem uniforme do Azulão, eles foram logo reconhecidos pela galera e tomaram uma vaia digna de vilões. Sentiram o calor do Caldeirão e rapidinho voltaram para o vestiário. De fato a Baixada não é um estádio convencional. A vaia ali é mais doída. A Baixada é o estádio mais argentino do Brasil, o mais vertical. É como se fossem vários predinhos cercando um campo de futebol, com o agravante das arquibancadas serem cobertas e o som não ter para onde ir. Da platéia ou do campo, o barulho é infernal. E isso vai piorar quando o lado oposto às cabines e rádio terminar de ser construído. A vaia será ainda mais contundente. É claro que o São Caetano, melhor time do Campeonato Brasileiro, não tomou 4×2 apenas porque o estádio do Atlético-PR é barulhento. A receita para o caldeirão ferver envolve vários ingredientes além do aplauso e da vaia, a lenha dos torcedores. A fanática torcida paranaense criou um conjunto de rituais que provocam a combustão dos mais sérios espectadores. O sistema de som do estádio emenda o hino do Atlético a uma série de músicas do time. O locutor nem se envergonha de dizer "Atlético Paranaense informa: agora é hora de fazer a melhor ola do Brasil". As organizadas são boas de cântico, adaptam até melodias do Pink Floyd em uma "homenagem" ao rival coxa-branca que utiliza em poucos versos grande parte dos palavrões encontrados na língua portuguesa."
Edição Histórica, Atlético Campeão do Século, julho de 2000, sobre o segundo jogo da final do Paranaense contra o Coritiba
"A maior e mais vibrante torcida do Sul do Brasil coloriu de vermelho e preto a Arena da Baixada. O grito das arquibancadas foi o combustível que inflamou o Furacão na conquista de um título histórico – o último do século XX. O Caldeirão do Diabo arde com o fogo da paixão dos mais fanáticos torcedores. Na guerra contra qualquer adversário, corações, mentes e gritos empurram o time para a glória da vitória."
Revista Los 3 Inimigos, ano 1, número 7, maio/junho 2001, sobre as finais do Paranaense contra o Paraná Clube
"Em certos momentos do terceiro e decisivo jogo, quando o clima esfriava, sempre pintava algum "maluco" exigindo empenho e agigantando a cantoria, que rapidamente ganhava toda a extensão da arquibancada."
Revista do Atlético, ano 1, número 1, janeiro/fevereiro 1996
"Fanáticos: a grande arma Rubro-Negra – Quando eles vibram, quando eles cantam, quando eles gritam, as arquibancadas e a coxarada tremem. São os Fanáticos. A mais completa tradução da paixão Rubro-Negra. Num Atletiba do último Campeonato Paranaense, o Atlético perdia por 3 a 0 no primeiro tempo. Supõe-se que a torcida coxa estaria fazendo a maior festa mas, por incrível que pareça, o canto vinha do lado atleticano do estádio. "… e a camisa Rubro-Negra, só se veste por amor…", gritavam os torcedores naquele momento difícil. Muitos podem até considerar antiético comentar esta derrota num texto sobre a maior torcida organizada do Sul do País. Mas é que esta historinha retrata fielmente a principal característica dos Fanáticos: apoio incondicional ao Atlético em todas as circunstâncias. Na alegria e na tristeza. Na vitória e na derrota."
Revista do Atlético, ano 1, número 3, Dezembro 1996
"Como explicar o que ocorre no Caldeirão em dias de jogos do Atlético? A catarse coletiva que começa muito antes do apito do juiz dando início à partida certamente valeria tese de Psicologia sobre o comportamento humano. A tradicional timidez dos paranaenses passa longe de Baixada. Sem conhecer ou ter a menor noção do vizinho que senta ao seu lado nas gerais e arquibancadas, o torcedor atleticano, no momento do gol, o abraça e vibram juntos como se fossem velhos conhecidos. O que é isso? É o Atlético."
Jornal Tribuna do Paraná, 2000
"Torcida que faz a diferença – A diretoria que dê um jeito. A Arena não pode mais ficar sem o calor das torcidas organizadas. Ontem elas deram uma trégua na "pendenga" com os dirigentes atleticanos e mostraram o seu valor. Principalmente Os Fanáticos. Com batuque, faixas, adereços de mão e tudo o que tinham direito, eles orquestraram todos os torcedores presentes. Como sempre foi e como sempre deve ser. Sabedores disso, deixaram a modéstia de lado para cantarolar: "Não é mole não, é a caveira que incendeia o Caldeirão
Pois ontem a Arena voltou a ter a cara da velha Baixada e os próprios jogadores comentaram isso "Ainda bem que eles vieram para nos ajudar", afirmou o capitão Leonardo. "Com as torcidas fica mais gostoso jogar aqui na Baixada", disse Lucas. Até o presidente Ademir Adur agradeceu a presença dos "intrépidos" torcedores, que mesmo com o time sofrendo para se impor em campo, não paravam de cantar e incentivar nas arquibancadas. "
Jornal Tribuna do Paraná, 2000, sobre a vitória do Atlético por 3 a 2 contra o Malutrom no Campeonato Paranaense
"Uma virada da torcida – É até estranho falar, mas sábado quem ganhou o jogo foi a torcida do Atlético. Com ingresso a preços justos, mais de vinte mil pessoas compareceram à Arena (…) Quem ganha com tudo isso é justamente o time. Dentro de campo os jogadores sentem o calor da torcida. Sábado contra o Malutrom, a vitória praticamente saiu da garganta dos torcedores, que não ficaram silentes em nenhum minuto. Nem mesmo quando o rubro-negro perdia por 2 a 0 os jogadores sentiram-se órfãos. "Jogar com o estádio cheio sempre é bom. Ainda mais com essa torcida que não pára de gritar e apoiar nenhum minuto", conta o atacante Adauto, que deu início à virada rubro-negra, marcando o primeiro gol. (…) Em certos momentos não só as organizadas cantavam, mas o estádio inteiro. Uma festa que só poderia terminar rubro-negra. (…) Silas, o melhor do jogo, fez o gol da vitória e percorreu todo o estádio de braço abertos, saudando e certamente agradecendo tudo o que os torcedores haviam feito durante os noventa minutos. E, lá no fundo, dividindo meio-a-meio a responsabilidade pela virada, pela vitória, pela invencibilidade que já chega a dezessete jogos."
Jornal Lance!, sobre a conquista da Seletiva para a Libertadores em 1999
"Torcida fez a diferença – O técnico Oswaldo Alvarez divide os méritos da conquista da Seletiva entre os jogadores e a torcida atleticana. "Os atleticanos não têm noção do quanto estou feliz em dar este presente a eles. A torcida foi essencial nesta conquista", comentou. (…) Oswaldo Alvarez lembrou que mesmo nos momentos difíceis a torcida não deixou de acreditar e apoiar a equipe. "Fizemos a diferença ganhando os jogos em casa. Desde que estou no Atlético a torcida foi a mesma, podíamos perder ou ganhar que ela estava nos empurrando a um grande resultado", disse o técnico."
Jornal Tribuna do Paraná, 1990, sobre a conquista do título paranaense contra o Coritiba
"Uma festa na casa coxa – Como há tempos não se via, faltou espaço para os barulhentos atleticanos, cabendo o detalhe de que o Atlético sequer jogou no seu campo, o Pinheirão. (…) Ao ser substituído, o lambadeiro Rizza foi o primeiro a despertar a paixão Rubro-Negra. Ficou atrás do gol de Gérson apesar dos esforços do árbitro em leva-lo para os vestiários. As gargantas rubro-negras ficaram literalmente afônicas. Nos 20 minutos finais, a torcida foi à loucura a cada vez que os jogadores rubro-negros matavam alguma investida coxa-branca."
Jornal Tribuna do Paraná, 1995, sobre a vitória do Atlético por 2 a 0 contra o Central no Campeonato Brasileiro da Série B
"Mais um show do Atlético – Mais de dez mil torcedores compareceram à Baixada em novo espetáculo de alegria e vibração, com direito a um show pirotécnico para saudar a entrada do time em campo. (…) Da mesma maneira como aconteceu nos últimos jogos do Atlético, empurrado pela torcida, o time rubro-negro sufocou o Central desde as primeiras movimentações. (…) A torcida foi ao delírio e mais uma vez deu um verdadeiro show nas arquibancadas."
Jornal Tribuna do Paraná, 1995, sobre a média de público do Atlético no Campeonato Brasileiro da Série B
"No Caldeirão, um time imbatível – Apenas em um dos jogos da Série B o público do Atlético foi inferior a cinco mil pagantes. "Com esta galera não tem como não jogar bem", entrega o atacante Oséas, que parece ter encontrado no Joaquim Américo o seu paraíso."
Jornal Tribuna do Paraná, 1995, sobre a conquista do Atlético do Campeonato Brasileiro da Série B
"A festa da mais fanática das torcidas – "Nós merecemos este título tanto quanto os jogadore, porque nós jogamos juntos com eles em todos os campos de futebol onde esteve a equipe", salientou João Carlos Belloto, presidente dos Fanáticos. (…) Mais uma vez, a fanática torcida atleticana mostrou o quanto é verdadeiro o sentido da letra de seu hino: "Atlético, Atlético, conhecemos seu valor. E a camisa rubro-negra só se veste por amor".
Jornal Tribuna do Paraná, 1996, sobre a torcida do Atlético no Campeonato Brasileiro
"A galera rubro-negra é fanática e fantástica – "Eu nunca vi coisa igual". "Realmente, é um espetáculo à parte. Uma festa linda de se ver". "Inacreditável". Estes eram apenas alguns dos comentários que os jogadores do Botafogo fizeram, dias atrás, quando vieram enfrentar o Atlético, na Baixada, ao serem indagados sobre o comportamento da fanática torcida atleticana. (…) E o que é melhor: não pára um minuto de gritar, cantar, empurrar o time para o ataque, para a vitória. Mesmo nos momentos mais difíceis, quando as coisas não andam bem dentro de campo, os fanáticos torcedores do clube da Baixada tratam de dar uma injeção de ânimo nos jogadores, cantando o hino do Atlético. (…) O comportamento desta galera maravilhosa já está chamando a atenção da crônica de todo o país. A nação atleticana está dando um exemplo de como deve se comportar um grupo que utiliza o rótulo de "torcida organizada"."
Jornal Tribuna do Paraná, 1996, sobre a vitória do Atlético por 2 a 0 contra o Palmeiras no Campeonato Brasileiro
"A cara da alegria – Mais uma vez, o Atlético provou que no Caldeirão, com o apoio de sua torcida, é imbatível. (…) Incentivado por sua torcida, que ocupava 80% do estádio, o Atlético teve um começo arrasador."
Jornal Tribuna do Paraná, 1997, sobre a vitória do Atlético por 2 a 1 contra o Internacional no Campeonato Brasileiro
"Torcida fez a despedida e festejou até madrugada – A torcida do Atlético deu um verdadeiro show, sábado no Pinheirão. Mesmo debaixo de água, ela compareceu em número razoável para empurra o time na partida contra o Internacional."
Jornal Tribuna do Paraná, 1998, sobre a conquista do título paranaense contra o Coritiba
"Uma festa de lavar a alma – Quem compareceu ontem ao Pinheirão acompanhou a festa de apenas uma torcida. Desde a entrada das equipes em campo, a torcida Rubro-Negra liderou as ações e empurrou o Atlético até o fim."
Nesta quinta-feira, nós podemos escrever mais um capítulo dessa maravilhosa história. Só depende de você, torcedor. Demonstre sua paixão, vibre e cante com o Atlético.