24 maio 2005 - 19h38

Técnico conta como foi o convite para ir para a Seleção

Em seu site pessoal, o novo técnico do Atlético, Antonio Lopes, relata como foi o convite do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para que assumisse o cargo de supervisor da Seleção Brasileira. Na ocasião, Lopes era técnico do Atlético. Ele revela que o convite ocorreu às vésperas do jogo entre o Furacão e a Ponte Preta, vencido pelo Rubro-negro por 1 a 0. Confira o relato assinado por Lopes em seu site:

O dia do convite
por Antonio Lopes

Eram 8 e meia da manhã daquele sábado 14 de outubro de 2000 e o motorista do Dr. Ricardo Teixeira, Odair, me pegou e me levou para o sítio do presidente. Na minha cabeça a expectativa que aumentava. Na quarta-feira anterior, minutos antes do jogo entre Atlético Paranaense e Ponte Preta, em Campinas, quando vencemos por 1×0, recebi no meu celular, um telefonema do Dr. Ricardo, me convidando para ir à sua casa no interior do estado do Rio de Janeiro. Como o Atlético não jogaria no fim de semana, viajei para o Rio, chegando na sexta-feira. Eu, esperançoso até sonhava com um convite para dirigir a seleção. Estávamos sem treinador e como passava por uma grande fase, conquistando títulos importantes como a Libertadores, o Brasileiro, Rio – SP, alem de ter participado de duas finais de Mundiais, me sentia preparado para tal. Quando assumi o Atlético, a equipe estava mal e depois subiu de produção, prestes a obter a classificação para a fase final do campeonato brasileiro. Mesmo com tudo isso teria que ouvir o Presidente. Chegando em casa, saímos para jantar, eu, a Elza, o Júnior e a Karynne (minha nora). Imagine a ansiedade.

Quando cheguei, Dr. Ricardo, de quem tinha uma imagem séria e sóbria, me recebeu de bermuda, com uma camisa colorida, apresentando – me a outros familiares que estavam por lá. Foi a chave para relaxar. A imprensa já sabia de minha visita e estava na porta do sítio esperando uma notícia. O presidente me oferecia quitutes e um bom whisky e formalizou o convite para que eu fosse o presidente da comissão técnica. De primeira eu estranhei e não entendi nada, mas ele me explicou a autonomia que iria receber a partir daquele instante.Ele dava total liberdade para escolher toda a comissão técnica e queria um trabalho bem integrado de todos. No bonito sítio do presidente da CBF, eu vi um homem empolgado e que me dizia a importância que eu teria. Alguém de caráter e de honra inatingível deveria assumir este cargo. Dr. Ricardo era um homem angustiado também, afinal era época da CPI, o Wanderlei tinha saído depois de muitos problemas e nós estávamos mal nas eliminatórias.

A empolgação dele acabou me contagiando. Conversamos sobre alguns nomes para treinador,apesar de que ele achava melhor que o Candinho ficasse no cargo para o jogo contra o Venezuela. Deveríamos pensar no ano seguinte .Acertei meu compromisso, meu salário e já comecei a pensar no futuro. Estava abraçando uma responsabilidade que me emocionava. Deixei o sítio do Dr. Ricardo louco para contar tudo para minha mulher e filho.

Quando voltei para casa não havia ninguém. Almocei em um restaurante próximo e dei muitas entrevistas. Mas a primeira preocupação era avisar o Dr. Mário Celso Petraglia, presidente do Atlético Paranaense, afinal estaria dependendo dele a minha liberação. Como a mídia toda já sabia, ele ficou sabendo, mas me liberou feliz, afinal estaria servindo seu país. Foi um dia empolgante. Dia este que foi encerrado regado a carne e um Chopp gelado com meus familiares. Me lembro que o primeiro brinde foi: "Ao Penta!". SANTAS PALAVRAS.



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