30 maio 2005 - 20h13

Furacão luta contra o baixo astral

O Atlético Paranaense não está conseguindo ficar longe do baixo astral resultante da derrota de domingo diante do Botafogo, a oitava em nove jogos do Campeonato Brasileiro e Libertadores da América. Na quinta-feira, até que a derrota para o Cerro Porteño foi mascarada com a classificação, conseguida nos pênaltis, para as quartas-de-final da Libertadores. Mas, no domingo, a realidade voltou a ser dura. A derrota para a equipe carioca escancarou mais uma vez as deficiências do grupo.

Apesar disso não há muito tempo para o técnico Antônio Lopes fazer muitos trabalhos de campo, pois na quarta-feira enfrenta o Santos pela Libertadores. "Temos que trabalhar a parte psicológica", disse Lopes. "Vamos fazer algumas reuniões para trabalhar a cabeça dos jogadores."

Como tinha feito após a partida contra o Cerro Porteño, à qual somente assistiu, o técnico voltou a elogiar o grupo pelo espírito de luta. Mas na técnica há muito a ser feito. "Vamos ter que trabalhar bastante, mas vamos conseguir sair desta situação", prometeu.

O trabalho psicológico visa dar tranqüilidade aos jogadores. "Às vezes a gente está ansioso demais, queremos fazer a jogada antes de dominar a bola", reconheceu o meia-atacante Lima. "Mas o grupo está com cabeça boa e a gente está querendo fazer o resultado dentro de casa, para na próxima partida jogar a responsabilidade para cima deles."

No aspecto técnico, Lopes deve insistir para que a marcação seja mais eficiente, evitando que o time se acostume a sair atrás no placar. A expectativa volta-se para o Departamento Médico, onde Dagoberto e Fernandinho, os principais remanescentes do elenco do ano passado, ainda se recuperam de contusões. A diretoria continua garantindo que trabalha para reforçar o elenco, mas de concreto nada apareceu até agora.

Apesar da decepção no Brasileiro, o Atlético melhorou o ranking paranaense na Libertadores, chegando às quartas-de-final. Além dos jogadores, os torcedores também acreditam que podem ir mais à frente. Nas bilheterias da Arena da Baixada um grupo de torcedores chegou ainda na noite de domingo. Quando a venda começou ontem pela manhã havia cerca de 1,5 mil pessoas na fila.

"Apoio não vai faltar", garantiu o estudante Emerson Costa. "Depois do heroísmo e do estilo ´copeiro´ da quinta de Corpus Christi, todos temos em mente que avançar às semifinais não é tarefa impossível", escreveu o publicitário Juliano Ribas de Oliveira no site furacão.com.

Reportagem: Evandro Fadel, de Curitiba



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