Menosprezo santista motivou o Atlético
Um suposto menosprezo do Santos foi a grande arma do Atlético-PR para conseguir a heróica vitória sobre o Peixe por 3 a 2, nessa quarta-feira, pela partida de ida das quartas-de-final da Copa Libertadores da América.
Após o jogo, os jogadores do Furacão afirmaram que ficaram chateados com reportagens feitas pela imprensa de atletas e dirigentes do Santos menosprezando o rival. Na segunda-feira, Robinho disse que tentaria retribuir o esforço da diretoria do Peixe em conseguir sua liberação da seleção com uma boa atuação no Paraná. Se der, vou meter caneta, chapéu, disse o camisa sete, em entrevista à GE Net, pouco antes do embarque para Curitiba.
Todo mundo sabe que, quando aparecem essas informações, a equipe se agiganta, comentou o técnico Antônio Lopes, na entrevista coletiva. Em jornais paranaenses, os termos chapéu e caneta foram lembrados para esquentar o clima da partida.
Além disso, outro motivo de irritação dos paranaenses foi uma nota publicada pelo jornal Folha de S.Paulo que o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, pediu à Confederação Sul-americana para adiar as datas das semifinais, o que possibilitaria a participação de Léo e Robinho nesta série.
Li que o presidente do Santos já tinha ida para a Sul-americana pedir a alteração da semifinal. Ele considerava ganho e não tem nada disso. Viramos e temos chance de ir à final, comentou o zagueiro Marcão, autor do segundo gol do Furacão.
Já do lado santista, o meia Ricardinho julgou que houve um exagero e que o técnico do Atlético-PR soube utilizar muito bem os fatos. Conheço o Lopes. Sei que ele trabalha o lado emotivo e colocou isso para motivar o elenco. Mas em nenhuma entrevista, alguém falou isso e deu como ganho o confronto. Sempre mostramos muito respeito, mas se as pessoas usam isso, paciência, disse.
Segundo ele, o Santos não deve usar este tipo de incentivo na partida de volta, marcada para 15 de junho na Vila Belmiro. A gente não trabalha assim. As pessoas gostam de promover situações e eu não vou ficar comentando situações que não existem, ressaltou o meia, que teve o apoio do técnico Gallo, que afirmou na segunda-feira que o favoritismo era do Atlético-PR no jogo de ida.