2 jun 2005 - 12h58

Menosprezo santista motivou o Atlético

Um suposto menosprezo do Santos foi a grande arma do Atlético-PR para conseguir a heróica vitória sobre o Peixe por 3 a 2, nessa quarta-feira, pela partida de ida das quartas-de-final da Copa Libertadores da América.

Após o jogo, os jogadores do Furacão afirmaram que ficaram chateados com reportagens feitas pela imprensa de atletas e dirigentes do Santos menosprezando o rival. Na segunda-feira, Robinho disse que tentaria retribuir o esforço da diretoria do Peixe em conseguir sua liberação da seleção com uma boa atuação no Paraná. “Se der, vou meter caneta, chapéu”, disse o camisa sete, em entrevista à GE Net, pouco antes do embarque para Curitiba.

“Todo mundo sabe que, quando aparecem essas informações, a equipe se agiganta”, comentou o técnico Antônio Lopes, na entrevista coletiva. Em jornais paranaenses, os termos “chapéu e caneta” foram lembrados para esquentar o clima da partida.

Além disso, outro motivo de irritação dos paranaenses foi uma nota publicada pelo jornal Folha de S.Paulo que o presidente do Santos, Marcelo Teixeira, pediu à Confederação Sul-americana para adiar as datas das semifinais, o que possibilitaria a participação de Léo e Robinho nesta série.

“Li que o presidente do Santos já tinha ida para a Sul-americana pedir a alteração da semifinal. Ele considerava ganho e não tem nada disso. Viramos e temos chance de ir à final”, comentou o zagueiro Marcão, autor do segundo gol do Furacão.

Já do lado santista, o meia Ricardinho julgou que houve um exagero e que o técnico do Atlético-PR soube utilizar muito bem os fatos. “Conheço o Lopes. Sei que ele trabalha o lado emotivo e colocou isso para motivar o elenco. Mas em nenhuma entrevista, alguém falou isso e deu como ganho o confronto. Sempre mostramos muito respeito, mas se as pessoas usam isso, paciência”, disse.

Segundo ele, o Santos não deve usar este tipo de incentivo na partida de volta, marcada para 15 de junho na Vila Belmiro. “A gente não trabalha assim. As pessoas gostam de promover situações e eu não vou ficar comentando situações que não existem”, ressaltou o meia, que teve o apoio do técnico Gallo, que afirmou na segunda-feira que o favoritismo era “do Atlético-PR” no jogo de ida.



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