Análise de Atlético 0 x 0 Figueirense
por Fabio Kaiut NunesO otimista diria: "em termos matemáticos, o Atlético foi infinitamente melhor do que nas 6 primeiras rodadas, pois conseguiu 1 ponto, quando até então tinha 0".
O pessimista diria: "conseguimos a proeza de empatar em casa, sem gols, sendo o pior time do campeonato, com o 2o pior time".
Ambos os pensamentos estão verdadeiros. Não é à toa que o Atlético Paranaense se tornou motivo de riso por todo o Brasil. Não é à toa que tem um aproveitamento de menos de 5% no Campeonato Brasileiro (1 ponto em 7 partidas disputadas). Não é à toa que o Santos dá como certa a classificação para as semifinais da Libertadores, após a partida da próxima quarta feira.
Fato é que este é o pior time que o Atlético apresenta em campo nos últimos dez anos, desde a intervenção de Mario Celso Petraglia, após o famoso e fatídico 5×1 tomado no Couto Pereira. Paradoxalmente (e razão para espanto), o mesmo time que conseguiu o melhor resultado da história rubro-negra, a saber a participação nas quartas de final da Taça Libertadores da América e, quiçá, das suas semifinais.
Não há o que se dizer sobre padrão tático, escalação, ritmo de jogo, jogadas ensaiadas, subidas ao ataque, ou o que quer que seja, porque nada disso foi apresentado pelo Atlético em campo, contra o Figueirense neste sábado.
O Rubro-negro permitiu-se o luxo de chutar uma única bola diretamente em gol (sem sair pela linha de fundo), com "Fabrício Pé-Murcho", parente do famoso e saudoso "Jorginho Pé-Murcho". Nada mais, senão tentativas toscas e sem domínio por parte de Aloísio e Lima. Este último, reconheça-se, com força de vontade, mas nada mais que isso.
O sistema defensivo sequer foi muito exigido, porque o ataque do Figueirense era pífio. Digna de nota é a bola que Marcão ficou olhando, assim como no lance do gol de Robinho (vide Santos 2×1 Atlético, também pelo Brasileirão), da qual Diego teve de fazer difícil defesa, para garantir o 0x0. Assim também em uma cabeçada do Figueirense, por falha de Marcão no cruzamento, requerendo de novo a intervenção de nosso goleiro.
Por fim, a pergunta que não quer calar (ou, talvez, o famoso "perguntar não ofende"): quanto o Atlético vai cobrar pelo pacote da Arena em 2006, para os jogos da segunda divisão, já com os descontos por perda de mando de jogo?
Fabio Kaiut Nunes, 29 anos, é colaborador da Furacao.com. Ele é um atleticano advogado. Atleticano por devoção, desde que chegou em Curitiba e viu Oséas e Paulo Rink acabarem com o Palmeiras na Velha Baixada. Advogado, por prazer – afinal, todo atleticano "não teme a própria morte"….
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