Antonio Lopes torce por uma final brasileira
O portal Pelé.Net publicou uma entrevista com o técnico do Atlético, Antonio Lopes. Confira as declarações do comandante rubro-negro:
Pelé.Net – Desde que você assumiu o comando do Atlético, no dia 29 de maio, a motivação com base na provocação dos adversários tem destacado seu trabalho. Como você passa isso para os jogadores?
Antonio Lopes – Em uma Copa Libertadores da América, não podemos nunca cair na provocação dos rivais. É por isso que tento transformar esses fatos em motivação para os jogadores. A pessoa que é subestimada sente mais vontade de mostrar que pode se superar.
Como técnico, você já conquistou um título da Libertadores com o Vasco da Gama. Agora, no comando do Atlético-PR, tem chance de ficar com mais um caneco da competição e entrar para um seleto grupo, que já tem Telê Santana e Luiz Felipe Scolari.
Seria excelente para a minha carreira e mais ainda para a dos jogadores. Poucas pessoas conseguiram um bicampeonato nesta competição. Por isso, precisamos valorizar cada momento e todos os profissionais envolvidos nesta disputa.
Se passar pelo Chivas Guadalajara, do México, o Atlético pode pegar os argentinos do River Plate ou os brasileiros do São Paulo. Qual você prefere?
Vou torcer para que o São Paulo passe pelo River Plate, porque assim teremos uma inédita final brasileira e o título ficará no Brasil de qualquer maneira.
Quando você chegou ao Furacão, apesar do time ter acabado de passar pelo Cerro Porteño, do Paraguai, o elenco estava sem padrão de jogo. E agora, a equipe já apresenta uma melhora nesse sentido. O que foi feito?
Quando cheguei ao clube, percebi que faltava preparo físico aos jogadores, mas tivemos uma intertemporada (na paralisação para as Eliminatórias da Copa do Mundo) e recuperamos os jogadores, que têm muito brio e vontade de mostrar trabalho.
Desde que deixou o Vasco da Gama, você se fixou no sul do país. Primeiro passou pelo Grêmio, depois ficou mais de uma temporada no Coritiba e agora pretende fazer um longo trabalho no Atlético. É mais fácil trabalhar no Sul ou você apenas se adaptou melhor?
Foi um pouco das duas coisas. Aqui no Sul, os dirigentes acompanham mais o trabalho da comissão técnica e não trabalham com o imediatismo. Por isso, a troca de comando é menor. Como tenho uma equipe de profissionais que trabalha a longo prazo, isso é bom.
Sua esposa disse outro dia em um programa de televisão que você tem superstição com as camisas que vai para os jogos. Como é isso?
Usei uma camisa nova uma vez e deu certo. Desde então, sempre tenho uma nova que dá certo. É só isso.
Reportagem: Leandro Canônico, enviado especial da MBPress, para o Pelé.Net