26 jun 2005 - 20h55

Análise de Atlético 0 x 0 Fortaleza, por Marcel Costa

O martírio continua
por Marcel Costa

O Atlético continua seu martírio no Campeonato Brasileiro. Já são nove jogos sem uma simples vitória. Agora, depois de seis derrotas consecutivas, o time estacionou nos empates. Acumulou três igualdades nos últimos jogos, contra os também desesperados e limitados Figueirense, Flamengo e Fortaleza. O sinal de alerta já está ligado há muito tempo e se não levarmos um pouco a sério o Brasileiro, podemos amargar uma lanterna radiante no final do primeiro turno, distante dos medíocres times da zona de rebaixamento. O que preocupa é que a situação pode piorar ainda mais, alcançando o time a sonhada final da Libertadores, porque então largaria de vez o Campeonato Nacional.

O jogo de hoje foi pavoroso, comparável ao contra o Figueirense. Dois jogos no Couto Pereira, com portões e placares fechados é um castigo para qualquer torcedor. Não merecemos passar por tal punição, o atleticano merece ao menos que o time lhe proporcione um pouco de emoção. E isso não houve em ambos os jogos no estádio rival. Hoje, os dois times tinham medo de atacar, imaginando que lançar-se ao campo ofensivo poderia custar mais uma derrota e aumento da crise. Nisso, assistimos a um jogo burocrático, com apenas seis oportunidades claras de gol, três do Atlético e três do Fortaleza (do time cearense, todas em chutes de fora da área).

Ao time misto atleticano faltou qualidade, principalmente no ataque, onde Cléo, sem ritmo de jogo, e Jorge Henrique não ofereciam o menor perigo ao gol de Bosco. Com a entrada de Schumacher, o Atlético criou mais, mas a bola continuou sendo rifada das laterais do campo, tentando encontrar o jovem grandalhão na área. Fernandinho, o craque atleticano em campo, tentava encontrar espaços, mas faltava uma referência, alguém que pudesse criar uma tabela com ele. Nas alas, Jancarlos e Beto se esforçaram e fizeram uma boa partida. Do meio para trás, Alan Bahia, Ticão, Paulo André, Danilo e Marcão não tinham nenhum trabalho para segurar a dupla Rinaldo e Clodoaldo, totalmente inoperante. O jogo seguiu assim, morno, sem emoções, custando para acabar. O sono dos telespectadores era interrompido com um grito mais alto dos treinadores ou lampejos de animação do empolgado Jasson Goulart. Assistimos aquilo que nem nos piores pesadelos pensávamos em presenciar um dia. Triste e sonolento!

Marcel Costa é colunista da Furacao.com.

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