6 jul 2005 - 18h36

Clube adquire 50% restantes do terreno do colégio

A rigor, o Atlético não conseguiu mandar o jogo contra o São Paulo na Arena da Baixada por causa de um muro – que nem existe mais. Foi ao chão na sexta-feira para a instalação de uma arquibancada tubular, tentativa desesperada da diretoria do clube para deixar o estádio com os 40 mil lugares necessários para sediar a final da Libertadores – esforço que acabou em frustração.

Mas a briga e a revolta com a Conmebol e a diretoria do São Paulo foram apenas conseqüência de uma longa batalha jurídica, envolvendo o Atlético, o advogado Marcelo Gava e o Colégio Expoente, há 20 anos ocupando parte da área onde o clube planeja construir as arquibancadas fixas que fecharão o estádio, tornando-o, de fato, uma arena.

A ironia é que finalmente a construção poderá ser feita. Isso porque, enquanto levantava a arquibancada tubular, a diretoria do Atlético chegou a um acordo que vai permitir a realização da obra. Atlético e Marcelo Gava são proprietários, em partes iguais, da área onde está o colégio. Eles cobravam cerca de R$ 8 milhões do Expoente em aluguéis atrasados. No dia 1º de julho, o clube decidiu abrir mão de sua parte da dívida, em troca da desocupação do terreno, o que será feito em 31 de dezembro de 2006.

E na terça-feira, o Atlético praticamente fechou a compra dos 50% que pertencem ao advogado. Ou seja, passará a ser dono integral do terreno. Com o acordo de 1º de julho, a dívida com o Atlético deixou de existir e o colégio passará a pagar um aluguel que considera justo enquanto mantiver a ocupação do terreno. Falta, agora, o Expoente se acertar com Marcelo Gava.

"Estamos em tratativas. Com o abatimento referente aos benefícios que fez no terreno, o Expoente ainda tem dívida com meu cliente de cerca de R$ 2,5 milhões. Mas creio que chegaremos a um acordo”, disse Iguacimir Franco, advogado de Marcelo Gava.

Ele afirmou que Marcelo Gava não coloca mais nenhum empecilho para que o Atlético comece a finalização da Arena, inaugurada em junho de 1999. O fato de o colégio permanecer no terreno também não significa impedimento, pois já liberou o local onde as obras terão de ser realizadas. O clube, porém, ainda não definiu quando isso será feito.



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