Parece brincadeira de mau gosto, mas não é. Um dia depois de sofrer a histórica goleada de 7 a 2 para o Atlético-PR – a sua pior em Brasileiros -, a delegação do Vasco, que desembarcou esta tarde no aeroporto Internacional do Rio, foi esperada por…sete torcedores.
"Ter sete pessoas aqui é apenas coincidência. Não é provocação. Vou aproveitar e pedir uma vaga para jogar no time. Sou amigo do Romário e tenho mais bola que a maioria aí", disse um torcedor, que não quis se identificar.
Apesar de em pequeno número, os torcedores estavam revoltados com a situação do time no certame e gritos de "time sem-vergonha" e "Eurico 171" ecoavam no saguão do desembarque. Entretanto, foi um protesto pacífico e os sete torcedores avisaram que não fazem parte de nenhuma torcida organizada. "Não somos de facção alguma. Somos apenas torcedores revoltados com a situação do Vasco. Nos reunimos por meio do orkut e viemos para cá. Sabia que teríamos poucos torcedores, porque a maioria trabalha", disse o mesmo torcedor.
A pedido do técnico Renato Gaúcho, os jogadores saíram sem dar entrevista para os jornalistas. O único poupado das vaias foi Alex Dias. Os principais alvos foram o goleiro Elinton, os volantes Gomes e Felipe Alves e o meia Morais. Este último chamado de "mercenário", por recentemente ter entrado na justiça e deixado o clube, só voltando em 2005.
Único a falar, Renato Gaúcho minimizou o protesto e avisou que conta com o apoio da torcida para vencer o São Caetano, sábado, em São Januário. "Graças a Deus já tem jogo no sábado. É difícil achar palavras num momento desses. Quando peguei esse cargo já sabia que teria dificuldade. Mas vou tentar trazer a torcida para o nosso lado e contamos com o apoio dos torcedores no sábado", disse o treinador, que mandou um recado para os atletas: "Vai jogar quem quer. Quem não quiser vai ficar no caminho".
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