O advogado Augusto Mafuz retornou de sua viagem à Europa e escreveu uma coluna depois de mais de duas semanas afastado da Tribuna do Paraná. Mafuz foi a Lausanne, na Suíça, para o julgamento do atacante Denis Marques, que foi suspenso pela FIFA por ter rompido unilateralmente seu contrato com o Kuwait Sporting. De acordo com o advogado, o não pronunciamento da Corte de Arbitragem dos Esportes era até certo ponto previsível. De todo modo, Mafuz garantiu que Denis Marques estará apto a jogar no dia 23 de agosto, independentemente de pagar a multa ou não. Isso significa que ele ficará à disposição do técnico Antonio Lopes para o jogo contra a Ponte Preta, no dia 24 de agosto, na primeira rodada do segundo turno.
Confira alguns trechos da coluna de Mafuz desta quarta-feira:
Inocência
por Augusto Mafuz, da Tribuna do ParanáA última vez que tinha viajado a Europa foi com Alex, no julgamento contra o Parma, em Zurique. O caso Denis Marques me empurrou para o painel da Corte de Arbitragem dos Esportes, em Lausane. Uma oportunidade profissional inesquecível.
Em Lausane foi comovente o painel de arbitragem. Minhas limitações foram superadas, porque Eduardo Malucelli e Rui Paciornik, jovens advogados, defenderam as razões em inglês como se estivessem em um tribunal brasileiro. Foram soberbos e em um daqueles trens, pensei: como esses jovens atleticanos, embora profissionais, têm o Atlético como um ideal importante de vida.
O formalismo intransigente dos árbitros da Corte (todos doutores em direito) criam um ambiente que mostra ao advogado a existência de um outro mundo. Na Europa, definitivamente, a arbitragem já é trânsito para a realização do Direito como o fazedor de justiça. Do que fiz não me arrependo de nada, mas faria muitas coisas diferentes.
Já era esperado o não pronunciamento final da Corte. É do seu rito processual. Denis estará apto a jogar no dia 23 de agosto, independente de qualquer outro procedimento, inclusive do pagamento de indenização porque o recurso interposto contra esta suspendeu a sua aplicação.
Conhecia o Denis em uma conversa breve. Agora o conheci definitivamente. Que bela pessoa humana: honesto, alegre, às vezes inocente como uma criança. É tão encantador que foi comovente o beijo e o abraço que recebeu do milionário príncipe dono do Kuwait, seu adversário de julgamento.
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